Thursday, April 28, 2005

de coração aberto

Estou solteira pela primeira vez em alguns anos. Estou feliz, de verdade, e de coração aberto.

Sinto que estou muito mais observadora do que costumo ser.

Hoje observo muito mais o comportamento das pessoas a minha volta, talvez por querer entender melhor o ser humano, talvez por querer sempre absorver as coisas boas que elas têm para me passar.

Uma coisa que me chama atenção é a tendência que os "solteiros" têm de se retrair e guardar o seu próprio coração a sete chaves, protegido por uma muralha maior do que a da China.

Em nossas fantasias românticas, podemos achar que estamos curtindo, seduzindo, nos mostrando "available", mas na verdade estamos apenas na defensiva.

Esquecemos que vale a pena mergulhar nesse sentimento, que dá substância à vida, sem ficarmos presos ao passado. Muitas vezes nos mantemos distantes da pessoa que amamos de verdade, esperando que ela conquiste nosso amor pela primeira vez, segunda, terceira ou p'ra sempre.

Esquecemos que é para que o universo conspire por nós precisamos dar amor e não apenas recebê-lo.

É sempre bom lembrar que o amor é um sentimento de mão dupla, essencialmente baseado na troca de afeto, carinho e compreensão. Acho que se você se sente só, briga com a solidão e tenta desvendar as artimanhas que levam ao amor mágico, inconsequente e incansável, a primeira coisa a fazer é um questionamento. Eu fiz isso.

Olhar p'ra dentro: será que você deposita muitas expectativas sobre esse "amor ideal" e assim aumenta suas exigências a ponto do resultado quase sempre ser desilusão? (Eu sou muito assim, por isso pergunto... Sempre acho que aquele cara vai ser "o" cara...)

Acho que para que um verdadeiro amor nasça – e sobreviva – é fundamental cultivar a aceitação do outro e se dispor a experimentar conflitos. Quem que nunca passou por um impasse típico de casal? Ninguém, nem a Angélica e o Huck! (Que exemplo cafona! hehehe...)

Bom, creio que o importante é não ter a pretensão de usar paradigmas do que é certo ou errado, bom ou ruim. O que vale para um pode não valer para os dois... Aprendi isso depois de muuuuuito tempo, muitos impasses...

E o que fazer para ser inteiro, verdadeiro? Para nos abrirmos ao amor sem querer que o outro compense nossas frustrações ou nosso vazio interno, primeiro devemos aprender a amar a nós mesmos.

Parece um clichê barato, mas é a pura verdade.

Com base em uma fundação forte de amor próprio, surge uma disposição natural de amar os outros sem cobranças e expectativas.

Nós, mulheres, tendemos a ser "piores" nessa questão de auto-estima: por mais que a sociedade evolua e diga que descartou certos preconceitos ultrapassados, ainda somos condicionadas a querer um alguém "mais" do que nós – mais velho, mais alto, mais bem-sucedido, mais importante no contexto geral.

Os caminhos do amor podem ser tortuosos, indecifráveis, cheios de mistérios, mas vale muito a pena aceitar o desafio e seguir.

É só uma questão de nos despirmos de nossas crenças e valores arraigados, nos despir da rigidez, do conservadorismo e da teimosia.

Não ter medo de amar, mesmo que isso já tenha causado sofrimento no passado, pois só o amor cura as feridas do amor. (Isso é mais certo que feijão+arroz, futebol+gol, chiclete+banana, homem+mulher.)

Friday, April 08, 2005

hoje

só p'ra registrar a delicinha que está sendo esta sexta-feira... acordei muito bem, ouvindo música...

música é uma coisa muito importante na minha vida. a grande maioria das músicas que gosto têm um significado, remetem a um lugar, a uma pessoa, a um período de tempo, enfim...

maravilhoso também é poder ouvir música, por mais baixinho que o volume esteja, enquanto trabalho... digamos que não trabalhar no Centro já é uma DELÍCIA e ainda por cima, ver o mar da minha cadeira, ouvindo uma musiquinha... hmmm... não tem pendência/ problema que não seja resolvido rapidamente...

hoje, especialmente, tô me sentindo assim, leve, feliz da vida e cercada de pessoas incríveis.

é isso, só queria registrar esse "ifeelgood" moment... :-)

Thursday, April 07, 2005

erkout!

essa semana estive pensando sobre esse treco de Orkut...

estranho a gente se sentir à vontade de expor gostos, vontades, experiências e mais para uma infinidade de pessoas que nunca nem sequer saberemos quem são.

estranho a gente expor sentimento verdadeiro nesse negócio. estranho e já tão comum..

vi comunidades interessantes, de coisas que nós realmente fazemos/ pensamos e nunca paramos para falar sobre...

teve uma muito engraçada, "ou me pega de jeito ou ñ pega"... A-D-O-R-E-I!

entrei lá e li depoimentos de pessoas que simplesmente querem achar alguém que as pegue tão "de jeito" que elas não consigam largar depois afinal, é duro acreditar que a mulherada e a macharada estão querendo apenas serem pegos de jeito e ponto.

o sentimento ficou uma coisa meio que banalizada, meio secundária...

o importante é que você seja lindo, tenha X ou Y coisas, um moda-Pod, etc.

será que se abrir assim, através de uma URL é normal?