Friday, January 27, 2006

A de fora é minha!

Basquete, handebol, futebol, tênis e squash.

Jogos ótimos, ora vencemos, ora não, mas, uma certeza temos: no final das partidas estaremos mortos de cansaço!

Bom, que o amor é um jogo, sabemos todos. Mas que cansa assim como correr horas numa quadra, affff..., isso é demais!

Eu, sinceramente, cansei.

Já suei, corri, nadei e chegou a hora de parar p'ra beber água, respirar, descer a ladeira.
(Sim, já venci a partida também, mas não gosto de encarar as coisas dessa forma...)

Prometi a mim mesma que não vou mais me jogar de cabeça, me dedicar e amar incondicionalmente sem ter o mesmo em troca.

O que estou vendo de casais em pleno “ginásio poli-esportivo”, jogando com os sentimentos p’ra ver o que outro vai falar, p'ra ver como vai reagir, se vai aguentar... gente, que coisa mais complicada!

É ela de um lado dizendo que não vai ligar à noite porque isso não é papel da mulher e, além do mais, ela tem medo de que se machucar, de ser traída, dele achar que ela é vulgar, criança, inexperiente, ih... é um drama! Não poder dizer que quer ver o cara e que sente saudades?! É o cúmulo da perda de tempo, pessoal!

E ele? Ele não quer nada sério, quer cair na gandaia toda noite, não acredita que aquela mulher pode ser diferente dessas “quebretes” que rodam por aí, não vê vantagens em ser só de uma pessoa, a tal da monogamia, lembram? A filosofia do cara é “life is short, play hard” e assim ele vai, deixa as oportunidades de conhecer A pessoa por puro preconceito, pura pressão social ou descrença mesmo. Ele pode até querer sossegar, mas não consegue se desvencilhar da vida que vem levando de sair às 1a.m. e chegar às 8a.m. ... tsc tsc tsc...

Eu tô fora, não acho graça nisso. Não consigo entender esses pré-conceitos que o povo criou por aí, que mulher é vulgar se diz que gostaria de vê-lo, que homem não pode ser muito gentil senão a mulherada pisa, enfim, isso não faz sentido algum! O que vamos fazer? Reprimir sentimentos só p’ra ele(a) não pensar X ou Y coisas?! Ih... não, eu não gosto desse jogo não.

Considero estas fórmulas, maneiras, convenções erradas, são formas cruéis de frustrar pessoas, desmontar sonhos!

De que vale um amor cheio de regras e princípios, sem ter o direito à leveza e ao prazer que nos proporcionam as coisas escolhidas por nós mesmos? De que adianta não ser você 100% do tempo?

Se alguém tiver outra forma de amar, expor sentimentos, utilizar o cérebro e ser sincero sem medo do que podem vir a pensar, já aviso: a de fora é minha!

Rs...

Thursday, January 26, 2006

Duelo de Titãs

You don’t know me.

"Você nunca vai saber que ele te amou.

Nunca vai saber porque você não o conheceu de verdade, você não deu chance ao acaso, não percebeu as pequenas oportunidades, momentos de vocês que o vento levou, como tantos outros quaisquer.

Ele te deu a mão, disse “Olá!” tantas vezes, quis tanto estar perto. Mal conseguia respirar, tamanha a aflição de sentir sua presença!

Ninguém vai poder dizer isso p’ra você, você até acha que alguém poderia ter sinalizado, mas não, ninguém conhecia ele de verdade também...

Você não conhecia aquele que sonhava com você toda noite - a noite toda - que mal podia esperar para te dar um beijo e te abraçar, dizer o que sentia. Seu amor era tão claro, tão óbvio que ficava até difícil de ver.

Para você, ele era um amigo, nada além disso, simplesmente, porque você não o conhecia de verdade.

Ele não conhecia outro amor, seu coração só brilhava por você e você não dava a menor bola.

Tímido e medroso, ele deixava as chances escaparem, as chances de ter você ali... perto."



P’ro vento.

“Você pensa que eu vivo sem você? Você me conhece muito melhor do que isso.

Pensa que eu não estaria aos seus pés se pudesse? Sabes que eu não perderia essa chance!

Como posso dizer que você está certo, quando, na verdade, não concordo com isso?

Ai, se vc conseguisse ver aqui, dentro de mim!

Tão frio, vou até aí te abraçar.

Quando você estiver lá fora e não conseguir entrar, me chama, eu te mostro o caminho! Só sei que és muito melhor do que imagina...

Quando estiver perdido ou sozinho e não conseguir voltar, juro que eu te acho, amor, eu te trago de volta.

E se quiser chorar, estarei aqui e enxugarei suas lágrimas.

Sem tempo certo, hora marcada, você verá...”

Wednesday, January 25, 2006

My Immortal...

“A morte é a curva da estrada”. Fernando Pessoa foi muito sábio ao escrever.

Essa é uma das frases que li sobre morte que mais me deixou confortável, vamos dizer. Nunca penso sobre isso, na verdade, mas gostei do que li.

Apesar de tão paralela à vida, a morte não me parece próxima. Ao menos, faço o possível para que esta percepção se mantenha como verdade em minha mente. Não é uma questão de medo, de não saber que luz é essa lá no fim do túnel, só não penso nisso, não me importa o que vai acontecer, se vamos p’ra um campo de golfe todo verdinho igual ao da novela ou se vamos p’ra uma praia paradisíaca de comercial de chocolate.

A única coisa que me incuca em toda essa história é o fato de não sabermos o que acontece com nossos sentimentos, memórias, lembranças, se tudo some como a onda que entra na areia ou se vira uma estrela no céu. A gente vive tanta coisa, tanta coisa passa – apego, amor, dor, saudades... – pelo nosso coração, será que isso desaparece no ar, Meu Deus?

Fazer com que nosso tempo aqui seja único é a minha maneira de fazer com que sejamos imortais. Digo, aproveitar cada minuto, ser quem quisermos ser, ajudar, sorrir por sorrir, buscar o lado positivo das coisas, dar as mãos, cultivar amizades, ter filhos, amar a família, caminhar na praia, sentir cheirinho de grama depois da chuva, sonhar e conseguir realizar, assitir ao pôr-do-sol do colo de alguém, amar alguém... pelo menos, uma vez, de verdade e p’ra sempre.

Tornar nossas vidas imortais através da vida dos que amamos, assinar cada história a quatro (ou mais!) mãos, deixar marcados perfumes, palavras, músicas, ser lembrança boa, ser vontade de encontrar logo. Isso sim é ser imortal! O corpo acaba, eu sei, mas os sentimentos bons que imprimimos no “livro” de cada um que passa por nossas vidas, isso é eterno, me recuso a acreditar que esteja errada agora.

Bom, parei p’ra escrever sobre isso porque há 2 anos uma pessoa querida ia embora... p’ra onde, já disse, não tenho a menor idéia, mas sei que soube, como poucos, aproveitar o melhor da vida e que merece ser imortal em nossas memórias, histórias e corações...

Monday, January 23, 2006

Anonymous...

Você mudou o meu dia 31 de dezembro de 2005!

Havia acabado de acordar, um dia perfeito lá fora, a praia já estava me esperando.

Acessei o blog só p’ra dar uma olhadinha, p’ra ler rapidamente o que escrevi ao longo do ano e tentar perceber evoluções, mudanças de percepções, enfim.
Ops, vi que alguns comentários ainda não lidos! Vejamos...

Bom, não sei o que foi aquilo, não sei quem é você, se és homem ou mulher, novo ou velho, menor idéia, só sei que quando li, putz..., quase tive uma síncope!

Chorei, ri, respirei alivada, pensei e pensei, imprimi, fiquei lendo, li p’ra algumas amigas, fiquei pasma!
Cara, eu não conseguia acreditar que alguém poderia entender tão bem o que eu senti só de ler meus textos!

Você me fez perceber, em questão de segundos, o que demorei um ano inteiro p’ra perceber!
Se soubesse o quão grata sou... bom, espero que agora saiba que me fez muito bem e que, se puder ou quiser, sinta-se à vontade p’ra aparecer, me dizer seu nome.

Demorei p’ra escrever sobre isso, mas é que até hoje penso no que você escreveu, em como faz sentido tudo isso...

Muitos beijos,

Patricia

- - - x - - -

P’ra quem ficou curioso, faço questão de compartilhar...

Sempre leio seu blog. Você tem uma sensibilidade surpreendente...
Na boa, deixe esse idiota pra lá e abra os seus olhos para o que a vida tem a lhe oferecer...são infinitas oportunidades.
Não fique presa a um amor fracassado. Homens confusos são um atraso de vida. Quem ama de verdade fica ao lado e não tem dúvidas. Não te conheço, você não sabe quem eu sou, mas desejo a você um 2006 maravilhoso e que você consiga se desvenciliar desse seu "caso mau resolvido".
Pelo o que pude perceber em você, seu coração merece coisa muito melhor. Uma pessoa especial, de verdade. Alguém que não cause tanta angústia e lhe traga coisas boas, sensações de plenitude e não mágoas e tristezas.
Ame-se muito acima de tudo. E só fique ao lado de quem conseguir amá-la da forma como você merece. Não aceite menos do que isso.
Tudo de bom pra você, viu?
Beijos
--Posted by Anonymous to ::a dona da história:: at 12/30/2005 09:41:01 PM

Insomnia

E foi assim que tudo passou pela minha mente: segundos, frações micras de.

1. Por que eu não consigo dormir hoje? Nunca tive isso...
2. Se no amor existe essa coisa de “encontro”, eu não tenho certeza ainda, mas que tem gente por aí que é um “achado”, isso tem!
3. Quando ele diz que vai embora, a gente diz que ele vai se arrepender, que não vai achar ninguém igual a gente por aí (Isso é verdade...), que hoje em dia as mulheres são o que há de vulgaridade, que ninguém quer nada sério, enfim... Por que cargas d’água a gente não se valoriza tanto assim enquanto a gente tá lá do lado do cara?!? De nada adianta ser *A* mulher agora... tô errada?
4. Ouvi uma música que me deixou meio triste, por que será que é assim? Por que a gente relaciona música a certos sentimentos, pessoas ou situações? "You can travel the world/ But you can't run away/ From the person you are in your heart..."
5. Preciso dormir...
6. Que calor! Será que ligo o ar?
7. 10. Eu queria MESMO ter menos bunda. Homem não respeita mulher com bumbum grande! Hehehe... isso é sério!
8. Eu odeio não conseguir dormir por um motivo aparente.
9. Que horas são lá?
10. Preciso comprar meu remédio! Preciso do meu condicionador!
11. Adoro você... muito, a lot, demais, exageradamente. Sempre. Que saco...
12. Preciso conseguir mimir. Tô começando a ficar meio apática... Esse meu swing mood... não mereço...
13. Ter amigos é melhor, muito melhor do que chocolate! Juro, não falo de amizade de night e tal, falo de amigo-irmão, que de longe ou perto, se faz presente!
14. Seja um momento bom, seja um momento ruim... tudo passa.
15. “Poetry is not a turning loose of emotion, but an escape from emotion; it is not the expression of personality, but an escape from personality. But, of course, only those who have personality and emotions know what it means to want to escape from these things.” T.S. Eliot
16. Beijo na boca.
17. Colorido.
18. Suco de melancia com limão. Amo!
19. Ih... que sono... zzzzzzzz...

Thursday, January 19, 2006

Faça rolar!

... curioso perceber que poderia dar certo se a gente tentasse só mais um pouquinho.

Não falo exclusivamente de um amor, de um relacionamento “você+ela(e)”, mas falo também de um relatório difícil, de um quilômetro a mais na ciclovia, de uma besteira que você evitou falar e por aí vai.

Falo sobre querer e fazer!, a tal força de vontade de continuar perseguindo metas, eliminando pendências, crescendo interiormente p’ra refletir no exterior.

Não dá p’ra deixar passar uma vontade de dar um abraço, deixar passar uma pessoa que vale a pena ter perto, um amigo que te faz bem, o desejo de pular no mar depois de uma semana estressante, não dá... definitivamente!

P’ra mim, as melhores lembranças são conseqüências dos momentos "matando-a-vontade-agora!": o primeiro namorado e tudo mais que vem junto, bagunças nas sala da facul, viagens e mais viagens, lembranças de um beijo, das risadas que ecoam, pessoas queridas, cheiros que dão saudade, comidinhas que lembram minha infância.

Tudo isso é MUITO gostoso e existe porque fiz com que existissem.

Ok, escrevi isso tudo até agora só p'ra concluir que, na minha opinião, devemos tentar sempre.

Não quero ultrapassar limites a ponto de magoar pessoas, mas, na maioria das vezes, seja lá o que for, quero pegar, fazer, ter, viver. Quero, se for preciso, cair e machucar o joelho, mas quero dizer que pulei, me joguei nos braços do destino, sem pensar no final da história, na hora de desfazer o nó!

Não gosto de deixar as coisas “rolarem” como dizem. Não há frase pior do que “Ah, deixa rolar...”. Pode até fazer sentido, calar um desabafo desesperado, acalmar um coração angustiado, mas que é muito comodista, isso não se pode negar! Deus me livre deixar a minha vida rolar sem sentido! Faça com que ela role do seu jeito!

Ele tem filhos? Whatever! Você também vai querer ter um dia!
Quer um carro novo? Economize.

Ele é careca? Hahaha.. só rindo...
Europa? Paris? Economize. De novo!

Ele não gosta de chocolate? Bom, aí vou concordar que não rola.. hehehe.. joke!
Quer emagrecer? Vai correr na Orla, olha a cidade que você mora!!! Quer maior sorte do que essa?

Quer puxar assunto com aquele cara que você tá de olho? Você pode não concordar, mas sou a favor da tal da iniciativa! Liga, manda uma msg fofa, sei lá, dá um jeitinho de aparecer na vida do cidadão!

P’ra tudo há saída, jeito, solução: basta querer de verdade e ter coragem, afinal, a vida é única e é sua! Trate de vivê-la e não esperar que outros façam isso por você! Faça rolar!

reedição...


- A/C "DELE" -
Olá, pessoa!
P’ra você, que vai me acompanhar até a porta do Céu, escrevi essa wishlist... depois não digas que não avisei!
Procuro uma alma tão pura quanto o sorriso de uma criança, desprovida de sentimentos negativos, de culpa, rancor ou egoísmo. Essa alminha deve ter uma face eterna, um brilho constante e disposição de um adolescente!
E que, ao se tornar uma lembrança, que seja a mais marcante, a que mais arranha o coração, a que até faz ecoar vozes e exalar perfumes.
Procuro uma mão que, ao se encaixar na minha, não solte mais por nada e que me surpreenda com carinhos inesperados no meio da noite ou de um filme monótono. Que afague os meus cabelos quando eu ainda estiver dormindo e que me segure com firmeza quando o desejo for intenso.
Procuro também um colo quentinho e sempre disposto a me receber. E que me acolha quando eu chorar e que vá ao meu encontro quando eu quiser repousar.
E procuro lábios feitos de açúcar, uma língua toda de chiclete. Quero um beijo de amor p’ra sempre, de causar impacto, de fazer onda em mar tranquilo. De paralisar o mundo inteiro e criar, só p’ra nós dois, um código, um calor, a nossa coreografia.
E uma voz de arrepiar, de fazer estrago no meu coração quando estiver distante do meu ouvido. Que me transmita elogios mesmo ao sair do banho com corpo e cabelos pingando, sem penteado, maquiagem ou vestido comprido de festa.
Procuro um olhar que aprove meus passos e que entenda meus erros. Que seja interpretado sem ao menos lançarmos uma única palavra ao vento.
Um suspiro que arrepie e transforme o pensamento em nuvem.
Procuro alguém que me energize.

Que seja generoso e honesto, que eu admire mesmo seus menores feitos, que consiga me fazer esperar - feliz - a sua volta e que me faça acordar sorrindo. Que desperte em mim ardentes sentimentos e que mude o meu mundo p'ra eu nem lembrar da forma que era antes.
Quero servir de porto seguro, de certeza, de verdade. E que ele seja meu amigo, meu conselheiro, minha bateria.
Procuro companhia p’ra estar ao lado pelo caminho.
P’ra transformarmos – juntos – o chão em nuvens, as tristezas em lições e o dia-a-dia numa pista de dança das mais animadas, onde nossas almas dancem como se ninguém estivesse olhando e que nosso amor seja só o início de TUDO.

Tuesday, January 17, 2006

Melhor assim!

Coisa mais linda foi uma cena que eu assisti na praia!

Um sol incrível e eu, p’ra variar um pouco, acordei e fui direto p’ra praia, ler um pouco. Amo isso!

No meio da leitura, vejo uma mini-tsunami vindo do mar e levando os copos de mate, as cangas, as Havaianas, as Revistas da TV e tudo mais que a galera leva p’ra areia num domingo de sol. Eu, não tão perto assim da água, assisti aquele corre-corre natural de camarote.

Com toda a água que subiu p’ra areia, uma “piscininha” se formou num grande buraco e acabou virando a alegria dos pequenininhos. E eles corriam, felizes da vida, se jogavam naquela maquete de Piscinão de Ramos como se fosse a oitava maravilha do Mundo e já era notável que muitos incorporavam os mais temidos piratas e elas, as mais delicadas sereias.

Ser criança é muito bom, né?

Bom, de repente, um mini-homem desses, magrinho com um sungão – fofo demais!!! – me chamou atenção em particular pela felicidade que transmitia. Simplesmente, a figura, que pulava e se jogava como se areia e algodão doce fossem parentes, lança a seguinte frase:

“Eu não sabia que existia isso! Eu não sabia que existia isso!”.

Vamos combinar que essa ingenuidade dele foi fantástica, não é?

Eu, rindo muito e com uma imensa vontade de apertar ele de tão fofo que era, voltei à leitura pensando:

“Você ainda não sabe de tanta coisa, menino...”.

Melhor assim!

Friday, January 13, 2006

Sim, vou dar uma reclamadinha hoje...

P’ra deixar no ar uma dúvida-de-final-de-semana, aqui vai:

“E, aonde será que vai parar o nosso coração?”

O que percebo é que, como diria Lulu, estamos todos “... perdidos, sozinhos, errando de bar em bar...”!

Engraçado ver os homens reclamando das mulheres e vice-versa como se o nosso Rio estivesse sem estoque de boas pessoas p’ra oferecer. Será mesmo que está faltando “perfect match” por aí?!

Eu acho que não é isso...

Acho que o problema está numa descrença geral e numa, desculpe-me se te irritar, acomodação gigante de cada um dos "Solteiros no Rio de Janeiro"!

Muito interessante é ver essa tal juventude dourada. Você sai e vê sempre as mesmas pessoas, os mesmos rostos e ouve os mesmos assuntos, comentários, até mesmo fúteis, que não chegam a voltar p'ra casa na sua memória de tão vagos que soam.

P’ra onde será que vai o povo interessante dessa cidade, Redentor!? Lapa? Julieta de Serpa? (DUVIDO! rs...) Leituras na Casa da Gávea? Não sei, nem idéia, sei que ainda não me mandaram a newsletter desse lugar tão repleto de gente que não encontro geralmente...

Eu me uso como exemplo aqui e digo que cansei dessas nights da Zona Sul onde, supostamente, pessoas interessantes e descoladas deveriam estar. O Rio já não é lá essas coisas quando o assunto é noite, na Zona Sul então... tudo tão igual, tão parecido, tão “Se ela dança, eu danço”. No way, não dá mais...

Quando decidir estacionar meu coração, que seja num lugar bonito, seguro e que não tenha um Valet de R$8,00!

Tuesday, January 10, 2006

algumas palavrinhas sobre aquele negócio...

“Give me one more chance, and you'll be satisfied/ Give me two more chances, you won't be denied....”

“Back on the road again/ feeling kinda lonely and/ looking for the right guy to be mine…”

“I need love, love's divine/ Please forgive me/ now I see that I've been blind…”


Precisa de tanto?

“...Amo-te afim, de um calmo amor prestante, E te amo além, presente na saudade. Amo-te, enfim, com grande liberdade Dentro da eternidade e a cada instante...”

“...Torre; que angústia estar sozinho! ó alma Que ideal perfume, que fatal Torpor te despetala a flor do céu?”

Precisa disso tudo?!

...


Bom, ele está em um zilhão de letras músicas, poesias lindas e nos filmes. Também o encontramos nos apelos das lojas, nos blogs (!), e-cards, comerciais de TV, clipes, revistas, nos livros e nos contos. Nos jogos de búzios, nas cartas do tarot, nas tatoos das adolescentes, cartinhas de pedido p’ro Papai Noel, nos outdoor, busdoor, “qualquer-coisa-door”, nos cardápios dos restaurantes e por aí vai.

Parece que ele fica faltando só em alguns lugares mais específicos: aqui, dentro do peito, aqui do lado, no nosso colo, lá no cantinho esquerdo da nossa cama, debaixo do edredom preferido, assistindo filme e tomando sorvete...

É, tô falando do amor sim, ainda tinha dúvidas?

Falo daquele amor, o tal, o fugitivo-mor, razão das minhas e das suas angústias, aquele que a gente passa a vida procurando e, às vezes, não encontra.

O amor, esse sentimento, coisa, treco, sei-lá-o-quê, que mexe tanto com a cabeça de todo mundo, há tanto tempo.

No início dessa semana, no meio de uma aula de spinning – veja só! – comecei a prestar atenção numa música.

P’ra variar.

O tema era um amor difícil e toda essa coisa meio cor-de-rosa. O fato é: preciso eu, às 7a.m., ouvir isso?! Poxa, acabei de acordar, nem tinha sintonizado ainda nessa estação, tinha abstraido a existência dessa coisa, ainda estava naquele automático: põe o tênis/ pega a garrafinha/ não esquece da chave de casa/ olha a poça/ “Fala, Pequeno*, beleza?”...

Por que será que o ser humano dedica tanto tempo p’ra falar/ escrever/ pensar sobre amor? Eu tenho a leve impressão de que atualmente as pessoas se questionam mais, pensam mais sobre isso.

Talvez porque no passado as relações deviam – no sentido de “dever” mesmo – ser mais estáveis, talvez porque hoje buscamos o melhor p’ra nós mesmos, nem que dure uma semana ou uma matéria da faculdade...

De fato, estamos um pouco obcecados com isso. E cá está a tal música...
“Baby when you're gone
I realize I'm in love
Days go on and on
And the nights just seem so long
Even food don't taste that good
Drink ain't doing what it should
Things just feel so wrong
Baby when you're gone”

Bom, o meu pensamento se resumiu nisso:

O ser humano deve ter algum bloqueio!

Por que a gente só se dá conta de que gostava de verdade quando a gente perde? Por que a gente não valoriza os pequenos detalhes antes de não poder mais conviver com eles? Por que a gente perde tanto, mas tanto tempo com besteira e inseguranças infundadas? Por que a gente vive baseado em “Se ele crescer...”, “Se ele for o cara...”, “Se ele não gostar do que eu queria dizer...”?

A gente pensa tanto no amor e, quando não tem um, não pensa nas respostas p’ra essas perguntas! Elas sempre pairam no ar, mas quem já parou p’ra pensar de verdade nisso? São poucos, tenho certeza.

Enquanto a gente passa a vida tentando entender o amor, a vida passa e a gente não acaba não amando.

O fato é que a gente, se ainda não conheceu, deve conhecer, algum dia, aquela pessoa que vai tirar os nossos pés do chão sem precisar de muito, vai fazer a gente cometer loucuras, ir passar a noite em outro estado, em outro país, só p’ra estar lá, pertinho, sentindo a respiração.

Não estou me lamentando aqui não! Não desta vez... Estou apenas comentando um fato que veio à minha cabeça... Essa obsessão, pressa de achar, sei lá...

Sei que vou vivendo feliz, intensamente, deixando o destino trabalhar por mim. Maktub!

Sem essa tal pressa de achar, sem a tal pressa p’ra receber você de volta...



* “Pequeno” é um professor lá da academia, o maior cara que já vi na vida e com o apelido mais “antítese” possível! rs...

Músicas lá de cima: “Even Better Than The Real Thing”/U2, “Someone to call my lover”/ Janet Jackson e “Love’s Divine”/ Seal.

Música lá do final: “When you’re Gone”/ Mel C & Bryan Adams

Poesias lá de cima: tanto o “Soneto do Amor Total” quanto o “Soneto de Londres” são dele, lógico, meu Vinícius.

Monday, January 09, 2006

Uma sóbria numa rave

(Antes que alguém venha me cobrar royalties, sim, o título é um plágio a um texto dos meninos dos Tribuneiros que, aliás, recomendo a leitura. Bom demais!)

Fui numa rave no sábado. Na verdade não foi rave de verdade, mas ia ficar ridículo se eu escrevesse “festa-de-música-eletrônica” no título.

Bom, o fato é que assisti ao show, interessante, dancei bastante e me diverti, não fosse a deprimente constatação que cheguei no final do evento: a minha geração é muito, muito fraca.

Vou explicar...

O cara é o melhor DJ do mundo – ao menos, foi o disseram quando comprei o ingresso. O lugar, mais lindo impossível: a Marina da Glória >> Que vista, que lua!

As pessoas foram assistir um show, dançar, quem sabe até, dar uns beijos. Tranquilo até agora, não? Aí é que tá... tranquilo demais! Não basta estar com amigos, não basta a música ser muito boa, não basta o nosso Rio de Janeiro no verão... numa boa, quem disser que a gente não teve sorte por ter nascido aqui é louco!

O que vi foi uma galera tão addicted, daquelas que precisa de um bando de bolinhas, coisa que abomino, p’ra dançar mais, aproveitar mais, sentir mais... Credo! P’ra quê isso?! O que vi de gente pulando sem parar, dançando sem parar, cheirando Vick-Vaporub sem parar... Coitados, seus corações vão parar tão cedo...

Não tô rogando praga, querendo ser macabra, jogando maldição, enfim, o ponto é que não vejo porque precisar disso p’ra ser feliz! P’ra quê tanto vício? Porque eu, desculpem-me os mais modernos, só entendo isso como um vício. A pessoa nunca deve ter curtido uma noite sem uma bolinha daquelas, não é possível... é tão bom voltar p’ra casa “limpa”, sem dor de cabeça, sem enjoo, sem nada, somente feliz por ter vivido aqueles momentos...

Enfim, não quero dar uma de “U-hu, sou a mais certinha do mundo”, não é isso.

Só não quero acabar com a minha vida, única e preciosa, p’ra endoidar numa noite e depois voltar p’ra casa quase “parindo um besouro”, como diria a Fau, com gosto ruim na boa, um vazio no peito. Tô fora.

Tanta coisa boa p’ra se viciar: praia, beijo na boca, fazer o bem, chocolate! P’ra que vou querer um treco que me dá palpitação, leva a pobre da pressão arterial lá nas cucuias, resseca minha boca, dilata as pupilas, muda meu humor!? Iiiih... tô forassa...

Thursday, January 05, 2006

Depende de tão pouco...

Dando início aos trabalhos, começo o ano falando de uma coisa que, diferente do que já estamos cansando de ouvir, não quer dizer prosperidade, renovação, boas energias e etc.

Quero falar sobre a capacidade que temos de decepcionar pessoas que, muitas vezes, amamos.

Pode ser uma amiga que te deu as costas por causa de um paspalho – mulheres, geralmente, costumam a deixar de lado as amigas por causa dos homens... tsc tsc tsc... já fiz isso, eu sei como é... – o namorado que traiu sua confiança, uma pessoa do seu trabalho que te passou a perna, enfim, o mundo está cheio desses lobos disfarçados de carneirinhos.

Eu costumo ver o lado bom das pessoas.

Muitas vezes sou surpreendida por atitudes covardes, provas de que eu posso me enganar e que deveria ser mais dura, mas não, não quero ser assim. Pode chamar de otária, Poliana, pateta, lerda, até de boazinha pode chamar que eu não ligo. Só não considero inteligente perder tempo com pré-julgamentos.

Na minha opinião devemos ser 100% em tudo: se for p’ra gostar, que goste direito, se for p’ra amar, que se dê de peito e mente abertos p’ro outro, se for p’ra mergulhar, que seja de cabeça e até o fundo!

Não imagino viver a vida com apenas 67,3% de aproveitamento, por exemplo. Na verdade, não tolero essa idéia! Ver pessoas jogando fora seus tempos, como se a vida não fosse nada mais do que uma obrigação ou uma conta a ser paga, me deixa muito triste...

Sei que essa forma de viver pode fazer com que eu ainda caia muito, sinta o joelho ralado ou lascas no coração, mas me conforta saber que, quando a minha luzinha apagar, vou poder dizer que vivi tudo. Que não suprimi nadica de nada, palavra, vontade, desejo, toque, declaração de amor, pipi ou sapato apertados! Tudo foi dito e feito com primor, dando aquele alívio!

E é aqui que entra a minha idéia inicial, a de falar sobre decepção...

Quero sim, viver tudo, mas também quero ter noção do momento de parar. Não quero viver tudo, tudinho, e quebrar corações por aí, não quero ser eu e magoar quem eu amo, não quero pisar nas flores que plantaram com tanta delicadeza, comer o chocolate que não é meu e que alguém guardou no fundinho da geladeira p’ra atacar durante a madrugada... não é da minha estirpe, eu não faria isso! (E olha que estou falando de chocolate também!!!)

Mas tem gente que faz e não liga, tem gente que faz, sabe que errou e continua fazendo, pisando na flor, comendo o tal do chocolate. Cara, por que é que existe tanto FDP (perdão pelo termo, mas só falando assim mesmo!) solto por aí?!? O que falta nessa gente? Coração?! Noção? O remedinho do Simancol? Sei lá... Bom, não dá p’ra julgar, isso não veio do Céu no meu Job Description, mas sei que eu não vou ser assim nem em 2006 nem nunca.

Quero viver bem, comigo e com todos que amo. Quero pegar as vidas dos que encontrar por aí, transformar em folhas em branco e escrever histórias lindas em cada uma, com cuidado p’ra não amassar, p’ra não deixar com marcas feias que não saem mais.

Ser feliz depende de tão pouco...

Wednesday, January 04, 2006

pé direito...

"...Para ganhar um Ano Novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre."
(Drummond)

Com o fragmento acima eu concordo e recomendo o mesmo.
Agir, mover-se, mudar de lugar.
Acordar e abrir DE VERDADE seus olhos, coração e mente.
Novidades, curiosidade, coragem.
Precisamos com urgência!


Eu, Mari e Taci já começando a fazer valer esse Ano Novo...