Wednesday, March 29, 2006

Poesia...

O amor, quando se revela...
(Fernando Pessoa)
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O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.
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Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente
Cala: parece esquecer
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Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pra saber que a estão a amar!
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Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!
.
Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar...

Cenário.

Você ainda criança, não sabe da missa, o terço!
(hmmm... sounds good!)
Ok, se enrola, rala o joelho mil vezes até que, finalmente, cresce.

Você, adulto, deveria conseguir ver as coisas com mais clareza, a vida deveria ser mais fácil e...

E você fica no “deveria” porque quanto mais crescemos, mais difícil são as coisas, mais joguinhos são armados, mais estratégias são formuladas!

Com a idade e o amadurecimento, surgem o medo, a timidez, as pessoas deixando chances escaparem, deixando outras pessoas escaparem...

Ok, quando você é criança, você expressa a sua timidez/ medos se escondendo atrás da barra da saia da sua mãe ou tapando seus próprios olhos...
(By the way, adoro ver essas cenas! Muito fofas!)

Quando você cresce, o esconderijo muda: vira você mesmo, sentimentos são trancafiados no peito e palavras proibidas de passar pela garganta!

E, de toda essa “anti-transparência” que adultos promovem acabam gerando relacionamentos tão vazios, tão superficiais.

A pessoa encosta em você, conhece você, te beija, conversa e... some!
Some como se aquilo fosse natural, corriqueiro.
E o pior é que é!
Isso deveria ser estranho, não?
Estou sendo uma velha retrógrada que não admite mais do que dar a mão?!
Creio que não...

Felicidade.

Estive pensando sobre felicidade e vejo que essa "sensação" é quase indefinível!
Sei que leva a um estado de plenitude, contentamento, as tais borboletas aparecem no estômago... acho que é por aí...
Também não sei se podemos avaliá-la como constante, momentânea, dependente de pessoas, fatos, enfim, não sei mesmo definir, muito difícil isso!
Sei que vejo a felicidade em algumas coisinhas até muito simples, mas que me deixam irradiante!
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Ter amigos.
Nesses dias de hoje, onde tudo é p'ra ontem, onde devemos ser coerentes 10o% do tempo e não podemos errar jamais, os amigos têm um papel essencial!
Só com eles podemos ser inseguros, podemos chorar, ser indecisos, carentes e mal-humorados.
E ainda ter a certeza de que podemos contar com eles sempre.
Sem críticas, sem concorrência...
E também contar com amigos para pequenas coisas.
Ligação p'ra saber se "tá tudo bem?", levar p'ra ver um filme cult que mais ninguém veria com você, cair na night e voltar só às 8 a.m., sair p'ra comer uma besteira daquelas! - ser cúmplice até na gula! - ir com você naquela taróloga, te levar p'ra conhecer o bar novo, ficar em casa, vendo DVD ou falando, falando e falando...
Felicidade é ter amigos que vivem com a gente o passado, o presente e são certezas em nossos futuros.
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Amar.
Amar na medida certa, amar e ser amada, retribuir o amor recebido.
Equação perfeita de (Encontro + Proteção + Renovação + Doação).
Dançar num só ritmo, num compasso perfeito, coreoagrafado.
Poder contar com ele - o amor da sua vida - poder contar com uma amiga, com a sua mãe, seus irmãos... O amor em todos os formatos!
Felicidade é reconhecer nas pessoas algo que vai além da roupa, cabelo ou voz.
Enxergar corações!
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Ser leve!
(e não estou falando sobre peso/ quilos, ok? rs...)
Admitir que, no final de tudo, o material não fará diferença, aceitar que todos somos diferentes, ser tranquilos em relação ao futuro - afinal, somente a Deus ele pertence! - não ligar tanto p'ros erros... tudo, tudo pode ser contornado.
Reconhecer fracassos, perdoar, ouvir, rever conceitos sem fazer cara feia, não ter medo de quebrar o tradicional!
Abrir a mente aos novos tempos, aos novos hábitos, não ser "acostumado", curtir as pessoas e não o que elas têm ou deixaram de ter, olhar sempre nos olhos.
Curtir o espaço, o dia, deitar na areia, sentir o ventinho e ouvir o som das ondas, observar a beleza da natureza... e curtir a noite também, a Lua, estrelas, a Lagoa!
Praticar pelo menos um esporte e encontrar um hobby incrível!
Felicidade é ter consciência de que a vida é feita p'ra aproveitarmos e não, perdemos tempo com o fútil, com o efêmero.
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Bom, acho que isso, à princípio, resume o que penso sobre ser feliz.
Concordando ou não com meus três pontos, o fato é que não vai importar a chegada ao topo e sim, a escalada!
E que a façamos da melhor forma possível!

Tuesday, March 28, 2006

enquanto eu não dormia... 2

Nietzsche disse: “Aquilo que não me mata me torna mais forte!”.

Bom, acho que ele não estava falando sobre relacionamentos amorosos quando disse isso, mas lendo um trecho de um livro dele noite passada, parei p’ra pensar sobre essa relação.

(PS: às vezes penso que só eu mesma, lendo na cama à meia-noite de uma segunda-feira de muito trabalho, p’ra ficar fazendo essas correlações loucas sobre filosofia e o amor! rs...)

Seria uma questão de dar o braço a torcer mais vezes? Ser mais flexível?
Não sei, mas tenho como certeza dentro de mim que, ou aprendemos a crescer com os obstáculos e as diferenças do nosso THE ONE ou seremos destruídos por nossos paradigmas ou crenças sem sentido.

Em cada erro, há uma nova chance; em cada desafio, uma oportunidade.
E daí a maré vai levando...

Cada experiência que vivemos nos tornou o que somos hoje, acredito nisto piamente! Mas, radicalismos à parte, não é por isso que devemos ser inflexíveis e duros frente às opiniões alheias, deal?

Acredito que um relacionamento bem-sucedido é um relacionamento que deve ter embutido em si alguns princípios e sim, por que não?, algumas convicções.

Investir na relação sempre que possível, reservar um tempo só p’ros dois, ouvir o que mais se quer ouvir quando menos se espera, saber não precisar do outro full-time, criar uma felicidade interior e um amor próprio sem que para isso seja necessário ouvir “Você está linda!” de 5 em 5 minutos, perdoar dando um passo de cada vez, reconhecendo o quão ruim é acumular mágoas dentro de si, passear, tirar férias juntos, reviver o clima de paixão início, estabelecer limites sem agressividade ou ameaças, deixar claro expectativas e, acima de qualquer outro item, respeitar e saber OUVIR.

Mesmo que o assunto pareça secundário, mesmo que esteja sem paciência, ouça o que o outro tem a dizer. Depois de um tempo e de falar muito o que não era necessário, percebi o valor de ficar calada.

Ouví-lo.
É só isso que ele quer.
Contar com você p’ra ouví-lo.

Não que você vá resolver a questão – Na maioria das vezes, a resposta está dentro de nós mesmos, falamos apenas para desabafar e ver se alguém concorda com a gente... – ou coisa do gênero, mas ouça-o.

Se outra pessoa nos escolheu é porque quer poder contar conosco e espera que esse “contar conosco” seja mais do que um simples título.

Bom, e por aí foram minhas correlações até ser vencida pelo sono e fechar o livro... e os olhos.

Se cuida!

E, afinal, o que significa desejar “Se cuida!” p’ra alguém?

Ouço, leio e – confesso – escrevo, até com certa frequência, essas duas palavrinhas p’ra pessoas que podem até não estar tão longe, mas que, p’ra mim, todo cuidado é pouco! Meus preciosos...

Pelo menos eu, quando desejo “Se cuida!” p’ra alguém quero dizer o seguinte...

Tenha cuidado mesmo, olhe p’ros dois lados antes de atravessar a rua, não beba e dirija.
Cuidado com o frio e com o sol forte!

“Se cuida!” porque não é só porque não estou aí ao seu lado agora que não me importo com você.

“Se cuida!” p’ra quando eu te reencontrar você estar melhor, mais forte e feliz.

“Se cuida!” porque em breve quero ter você nos meus braços, quero deitar no seu colo, ouvir a sua voz, sentir a sua pele.

“Se cuida!” p’ra que ninguém te magoe enquanto eu não puder defendê-lo.

“Se cuida!” porque amo você e não quero perdê-lo tão cedo!

“Se cuida!” porque, daqui há pouco, cuido eu!

:-)

Desapego.

Comecei a notar que o mundo é feito de momentos descartáveis.

Você vive uma determinada situação e pronto, dias depois já esquece.
Você conhece, beija e amanhã já não sabe nem o nome do dito-cujo.
Você compra, usa 2, 3 vezes e joga fora.
Você conhece alguém e, ao encontrar de novo, nem cumprimenta.

Por que ser tão efêmero?
Será que as pessoas estão em busca da tal “política do desapego”?

A vida é curta e o tempo voa, mas será que isso gera uma necessidade extrema de aproveitar cada momento tão intensamente que firmar laços, cultivar relações acabam virando utopias, coisas surreais!?!

A sociedade que está sendo criada é tão feia...

As “coisas” são descartadas com tamanha rapidez e ninguém se importa.
Não há memória, saudosismo, conservação de cultura!

Veja o caso dos nossos velhinhos.
Sim, o povo brasileiro está envelhecendo e ninguém pára para olhar por eles que, um dia, já olharam tanto por nós.

E as nossas crianças!
O documentário que vi num domingo desses me chocou, vi ali um cotidiano que, até então, pensava ser coisa de cinema.
Crianças armadas, sem esperanças, acreditando que a morte até é uma “saída”, que suas vidas aqui são indiferentes, que não são mais do que erros da natureza.

Muito, muito triste!

E, o pior: enquanto escrevo, em algum lugar, isso continua acontecendo, agora...

Não ver esse tipo de coisa é não querer se envolver com a realidade, é desapego ao que não interessa a você, como se não fosse interferir na sua vida. É como viver em lindos aquários onde tudo é perfeito e funciona e ter “Ema, ema, ema, cada um com seu problema!” como seu hino.

Ok, o mundo não pára p’ra que a gente resolva cada ponto da nossa To Do List, mas não é por isso que devemos fazer o mesmo... pelo menos, eu penso assim.

Concluindo, eu não nasci p’ra ver o mundo girar dessa forma.
Não consigo ver o mundo como números, cifras.
Não consigo ver os velhinhos como aumento da carga tributária.
Não consigo ver crianças como erros de adultos ignorantes.
Não consigo ver desesperança.

Não consigo.

Como fazer uma declaração de amor

Díficil isso, não?

Bom, eu não acho.

Penso que, não fossem os preconceitos e as barreiras estabelecidas desde sempre pela sociedade, uma declaração de amor seria uma coisa muito, muito fácil de ser feita.

Afinal, dizer que gostamos de alguém deveria ser simples, sem medos ou pudores envolvidos, não é?

Acho que abrir o coração e, consequentemente, a boca p’ra falar que tem vontade de estar junto, que sente falta de ver, de ouvir a voz, não é estar mais vulnerável do que antes, quanto tudo ainda era reprimido, quando tudo ainda era um segredinho só seu.

Abrir sua caixinha de sentimentos – leia-se seu coração – p’ra alguém que mereça é ser você em sua plena essência, é viver suas vontades e ser verdadeira, acima de qualquer coisa, com você.

E existe algo melhor do que isso?

Dizer que ele é protagonista dos seus sonhos, que quer mesmo ter aquele rosto perto do seu, que receber seus carinhos e telefonemas só p’ra saber se “tá tudo bem?” seria perfeito...

Dizer que gosta mesmo, e daí?!

Sabe-se lá se não era só isso que faltava p’ra ele abrir a boca também!?

Fazer uma declaração de amor exige coragem e, acima de tudo, muita certeza do que você está prestes a propor.

Afinal, ao meu ver, sentimento é coisa séria, como se fossem papéis fininhos que não podem ser amassados porque as marcas, você querendo ou não, vão ficar por lá mesmo depois de esticar, esticar, esticar...

Concluindo, sou a favor das declarações de amor sim!
Que todos os corações sejam abertos, que o amor vença e que a sinceridade – first of all, com você mesma! – seja sua filosofia!

Ao ficar quieta, de boca fechada – mesmo que com um peito abarrotado – só reforça essa hipocrisia do mundo, essa coisa de que vulgarizada ficará a mulher que deseja expor seus anseios, mesmo que um deles seja viver um amor de verdade.

Monday, March 20, 2006

Eternidade de uma borboleta.


Rio de Janeiro, sexta-feira, noite de lua cheia.

Cenário irresistível...

A Lagoa – que eu tanto amo! – de um lado, lugares agradabilíssimos do outro, o Redentor olhando por todos nós, estrelas e mais estrelas!

E eu...

E eu resolvo entrar num lugar quente, apertado e com um som tão alto que não ouvia nem meus pensamentos, que dirá uma outra pessoa!

Ao entrar pela milésima vez neste inferninho com consumação mínima percebi o que não havia parado para notar antes: tô achando que não combino mais com isso...

Não é possível, devo estar ficando doida! Ou será que estou ficando uma velha chata?!

Não, tsc! tsc! tsc!, nada disso...

Patrícia, mas logo você que ama dançar!?!

Ok, eu amo dançar mesmo, mas tô longe de amar disputar um lugar ao sol – ou melhor, um lugar ao pisca-pisca – com mais 489 pessoas que não conheço e que, possivelmente, não verei nunca mais.

E eu me perguntava: “O que é que eu estou fazendo aqui?!”.

Sinceramente, tô achando que eu cansei...

Cansei desse amontoamento de corpos que é pura distância, desses sorrisos artificias, cansei de notar que os olhares te analisam de cima a baixo, vendo se você está vestida como “deveria” estar.

Cansei dos abraços sem real troca, dos beijos que amanhã não valerão mais nada.

E cansei dos olhares que, na verdade, não veêm nada além do superficial e, também, dos carinhos que desaparecem com o nascer do sol.

Cansei de ver gente igual, sem assunto e de ouvir as mesmas músicas, tun tun tun...

É, cansei dessa “felicidade” que dura a eternidade de uma borboletinha.



Obs: não estou mal humorada hoje, juro!, só parei p’ra pensar nisso enquanto voltava sozinha – às 5 a.m. de sábado – p’ra casa... e sabendo que meu dia começaria dali a 3 horas toooooodo de novo... rs... ainda bem que dormir tá longe de ser meu programa favorito! ;-)

Thursday, March 16, 2006

Musiquinha da semana...

Pode ser velha, sei lá, mas é muito gostosa... Me embalou durante a semana toda, até tarde da noite no trabalho, no carro, Ipod...

Dá uma sensação boa na barriga, não sei se sou só eu que sinto isso, mas sei que dá... certas músicas têm um poder absurdo de mexer comigo!

“I’ve been searching for you...”!

Happy – Ashanti

"Boy you fill me with so much joy.. You give whatever it is that I need.. Now I'm here to stay, Won't never leave.. So glad that you fell In love with me..

My love is so good.. That I wouldn't be without you babe.. Couldn't see me without you babe.. My love is so good.. That I wouldn't be without you babe.. Couldn't see me without you babe..

All of my life… I've been searching for you…

Everyday… So glad that I found you boy…

On my mind… I've been feigning for you…

Everyday… I'm so happy, baby

Boy you got me feeling so good.. You take all the pain away from me.. Without you around, I couldn't breathe.. And I knew you fell in love with me.."

Tuesday, March 14, 2006

o tal do...


Só quando estamos submetidos à fragilidade física é que avaliamos se temos aproveitado a vida ou se temos feito de cada momento, um momento especial.

Nessa hora, nossa vontade de curtir tudo, sentir tudo, fazer tudo é muito maior do que a vontade de ser de um só, dedicar todo amor a ele e só ele, não é?

Não, não é.

Nunca passei por um momento tão arriscado, vida por um fio, mas, sinceramente, acredito que não se pode jogar fora um amor ou deixá-lo passar como o vento em favor de uma ideologia vazia dessas!

Posso ser emocional ou romântica demais, mas penso que o amor e a vida devem se cruzar sempre e jamais caminhar em paralelo ou ser objetos de uma escolha.

Sim, nossa vida é única e efêmera, mas nem por isso precisamos fazer dela uma caminhada individual, sem doação, troca.

... E é nessa hora que entra o tal do amor.

Amor em seu sentido mais amplo...

Amor de irmão, de marido, namorado, amigo, de pai, avô.

Se for p’ra beijar, que beije como se fosse a última vez.
Se conversar, que esteja 100% ali, olhando no olho do outro.
Se dividir, que divida sem receio, com vontade.

Se for sorrir, que faça a barriga doer!
E, se chorar, que chore tudo de uma vez, que lave a alma...

Se perdoar, que seja de verdade, limpando o coração.
P’ra viajar, que viaje de corpo e alma, absorvendo toda essência do lugar.

Viver todo momento de verdade, ouvir pessoas e ser delas integralmente enquanto se está por perto.
Sentimentos são, talvez, os mais importantes “bens” que podemos gerar nessa vida.
E que sejam os bons, que seja o amor.

P’ra mim, a vida é feita de momentos únicos com pessoas que amamos e que realmente farão diferença na história que contaremos aos netos no futuro.

E você vem me dizer que depois de um choque há receio em encontrar pessoas e ser feliz COM elas?!

Sei...

Monday, March 13, 2006

delicadezinhas sem rima...

Sábado.

Calmaria, um mar mansinho...

Dia lindo, areia quente, maresia

Você mergulha comigo!

Mas, a salvo d’água fria estás, meu bem...

Vem em meu peito.

- - -

Sono.

Os olhos não fecham, só vêem você.
Dormir? Não quero, não!
Não posso perdê-lo de vista...

E sonho com um personagem só
Protagonista das minhas histórias
Desejos, vontades mais sinceras

E por que desapareces assim?

No inconsciente agora estás,
Luto contra o sono, mas já chega...

Até amanhã, meu amor.

- - -

Despedida.

Recrio cenas, aromas, toques

Carnaval lá fora e um silêncio único aqui dentro

Aqui dentro do nosso beijo...

Saudades surgem
Seu rosto some, mais uma vez

O pôr-do-sol levou o meu amor...

- - -

Posso.

Posso ser seu anjo agora
Rolar os dados,
Tirar sua sorte nas cartas

Posso ser sua flor
Coloridos e perfumados
Amor e pele

Um luar!

Posso ser o sol
Calor e tensão
Olhares, trocas

Por ser sua.

É como se eu falasse no seu ouvido...

E se você ainda puder me ouvir,
Direi que fui invencível.

E se você ainda acreditar,
Saiba que o melhor de mim ainda está sob a manga.

E entenda que viverei dentro dos limites,
Mesmo sabendo que é depois do traço que o melhor se esconde.

E, sim, rezarei por você, torcida aqui não faltará, meu bem...

Viver tudo, correr sem rumo.

Sentir o vento no rosto.
Sentir o sal do mar e o calor do sol na pele...
Cores, leveza.

Dormir e sonhar com as respostas.
Sonhar com um amor... um novo amor.

Na leitura, amigos identificar.

Gritar com toda força dos pulmões, descobrir que não existe o padrão.

Certeza de que o amor imposto, falso e superficial não é o amor, não é o meu amor...

Viver e ser.

Somente ser.

~*~ Crystal Clear ~*~

Fim de noite de um Domingo gostoso e eu comecei a pensar em como nós temos mania de achar que sabemos tudo, conhecemos todo mundo muito bem, temos certezas mais do que absolutas sobre tudo que vemos por aí sem ao menos questionar a veracidade de cada informação.

É como diria meu querido Ray Charles em “You Don’t Know Me”, minha música preferida dele: “You give your hand to me/ And then you say, "Hello."/ And I can hardly speak/ my heart is beating so/ and anyone can tell/ you think you know me well/ Well, you don't know me.”

Bom, acho que a vida sempre pode nos surpreender com coisas mais do que inesperadas.

Coisas maravilhosas sempre estão prestes a acontecer, basta você querer fazer com que elas aconteçam!

Sabemos que o outro também quer.
Ele sabe que a gente tá “dying to...” então por quê demora p’ra ligar, p’ra aparecer de novo?!
Faça acontecer, apareça, demonstre interesse!

Deseja ser promovido?
Trabalhe mais, demonstre interesse em ajudar mais, conhecer mais sobre determinado assunto!

Não ficou feliz com um comentário que uma amiga fez?
Fale com ela, converse.
Acredito muito na conversa.

Pessoas precisam de sinais p’ra perceber o que nós temos aqui dentro.
Ninguém é a Maga Patalógica, nem tem uma bola de cristal que efetivamente funcione na mesa do quarto!

Um exemplo...

Gosto de alguém.

Falo? Demonstro? Dou pistas?

Segundo o meu melhor amigo, a resposta é não! Definitivamente não!

Ele costuma dizer que não podemos deixar o sentimento transparecer muito porque homens não valorizam isso, homens gostam de conquistar!

Será!?

Sinceramente, acho essa afirmação extremamente machista!

Por que não podemos dizer que queremos ver, que sentimos saudades, dar sinais do tipo “Eu existo, lembra?” ou “Gosto de você, pessoinha!”!?

Quer dizer então que a gente tem que camuflar sentimentos espetaculares em prol de um comportamento infantil desses?

Realmente, um homem que pensa assim não faz o meu tipo! rs...

Não compartilho desta opinião, sou completamente avessa à retenção de amor ou de qualquer outra vontade!
Antes fazer a se arrepender de não ter feito!

Acredito na transparência, mesmo que isso signifique ficar nervosa ao ver o tal, travar inteira, gaguejar e mal conseguir pensar num assunto interessante dentre aqueles milhares que você sempre quis em conversar com ele.

Não há nada melhor do que sentir as “tais borboletas fazendo a festa aqui dentro”!

E, além do mais, a vida é uma só...

Não sou a favor de nos prendermos à vida de farra e noitadas se ao nosso lado há uma pessoa maravilhosa, esperando por você e com a qual “dividir” significaria muito mais do que ter que usar o mesmo banheiro pela manhã.

Ao amor, um brinde!

À vida, uma chance!

Friday, March 10, 2006

Piu.

Rir de coisas que só a gente entende aonde está a graça.
“Ouvir” uma frase inteirinha só de sentir o tom da respiração...

Entender só com o olhar,
Inventar um mundo só nosso!

Virar noites conversando sobre tudo e ela rindo de tudo que eu falo...
E ainda admira as minhas iniciativas no mundo das Artes!

Passados alguns dias sem vê-la e já estou morrendo de saudades dessa menina que habita um quarto há algumas portas de distância do meu.

Diferentes, diria até, opostos, mas opostos que se complementam e jamais se repelem!

Ela adora ovo e suco de caju e eu abomino ambos.
Ela ama ir p’ra onde eu raramente vou e ouve outro tipo de música.
Adora usar saia e eu tenho coleção de calça jeans.
É mais extrovertida e é loira!

É muito engraçada essa Piu...

Eu tenho uma irmã.

É mais nova, muito divertida, inteligente e cativante.


Eu tenho uma irmã muito obstinada.
É forte e valente e tem um poder de persuasão admirável.

Minha a ouvinte ideal, percepções tão diferentes porém, sempre tão certeiras!
E me dá colo quando quero chorar e acorda p’ra cuidar de mim.

Ela é da praia, é do sol.

Ela é o meu sol.

Eu tenho uma amiga...

P’ra sempre.

reedição.

reeditando um post que escrevi ano passado e dando início ao fds com vontade ser melhor, aproveitar o dia e a natureza...

Quero me entregar, me entregar p’ra Deus fazer o que quiser da minha vida.
...
Se for dor, que seja bem doída p'ra quando passar sentir alívio; se for felicidade, que tome meu corpo por inteiro e não me deixe pensar em nada além de sorriso, coração radiante e esperança.
...
Quero amigos p’ra vida toda.
Quero um amor p’ra vida toda.
Quero um cachorrinho, yoga, comida saudável.
Viver sem limites, horários ou promessas não cumpridas.
...
Quero ser a melhor, ajudar, socorrer, carregar e, se falhar, que aprenda de uma vez por todas a forma mais correta de ser e estar; ter e saber cuidar; amar e deixar livre!
...
Não vou me privar de momentos por capricho alheio, medo de derrota, pânico de estar só numa decisão.
Vou entrar de cabeça, com peito e coração abertos sempre.
“O que é p’ra ser meu ninguém tira” já dizia o ditado.
Será?
O que é p’ra ser meu, quem é p’ra ser meu, vai ser, sem essa de pensar se alguém vai ou não tentar tirar de mim!
Acredito em destino e ponto!
...
Auto-confiança.
Quero isso também.
...
Amor próprio.
Também quero!
E quem é que não quer, não é mesmo?
...
Excessos? Extravagâncias?
Quero... quero distância, isso sim!
Quero simplicidade, momentos abstratos porém não menos marcantes!
...
Não quero gritar à toa, brigar para defender um ponto de vista falido, comprar só por comprar ou viver só por viver, p’ra passar o tempo.
Se for p’ra gritar, que grite de alegria, igual à torcida de time campeão!
Se for p’ra brigar que seja por um mundo melhor, por mais justiça!
Se for p’ra comprar, que eu faça bom uso, como calça jeans desfiada na barra de tanto usar!
Se for p’ra viver, que seja feliz.
Simples assim.
...
Quero estar com minha mãe, irmã e avós.
Mulheres fortes, lindas e apaixonantes. Exemplos.
...
Aprender a cozinhar melhor, costurar, fazer trabalhinhos de menina.
Quero acordar cedo, caminhar na praia, sentir vento no rosto, dormir na rede e fazer brigadeiro.
...
Quero conhecer gente nova, dizer “Muito prazer” incontáveis vezes!
E dizer “Adeus” só quando muito necessário.
Quero olhar p'ro céu e lembrar dos que já foram, sentí-los passeando pelas constelações.
...
Talvez até chorar saudades de um amigo, de um cheirinho da infância, de um amor... da voz de um ente querido, de uma música que remete a um tempo gostoso, do toque que dá arrepio, do abraço do avô, do gosto da comida lá de casa quando era criança.
Chorar também por vitórias, conquistas, minhas e de meus amados.
...
Quero estourar champagne, brindar a um novo emprego, a uma conquista difícil ou ao Luar!
Ao amor, à vida!
...
Quero ouvir Bach, Loreena e, até, Nirvana.
Canção de ninar até Chiclete.
...
Mistura.
...
Quero misturar até ficar irreconhecível, até virar outro, até não reconhecer mais.
...
Quero me contorcer, nadar, descobrir os limites do meu corpo.
...
Quero aprender com experiências alheias, ver o mundo por outros olhos, criar me baseando no melhor.
Respeito eu quero.
Essencial.
Clareza, justiça e verdade também.
...
Quero ser transparente, não quero precisar de máscaras, de falsa identidade.
Quero ser eu mesma sempre. Sem essa de rótulos, sobrenomes, classe social.
Não quero discriminação.
Abomino isso.
...
Quero abraçar, beijar, viajar, dividir, entender, ouvir, aguardar, lembrar.
Dar a mão, sentir calor, ficar aflita com o primeiro encontro, que delícias essas tais broboletas aqui dentro!
Ficar sem palavras com uma surpresa, sem reação!
...
Amar, amar, amar! Amar ao cubo!
Quero amar homem errado mil vezes seguidas até achar o certo e ser só dele, p'ra sempre.
...
Quero paz.

Thursday, March 09, 2006

thought.


...
meu pensamento me leva além
bastou você entrar na vida p'ra ficar tudo bem
...
não quero desgrudar de você
é bom parar o tempo
tem tudo p'ra dar certo nós dois
já sei que não tem jeito, tá feito
você me ganhou
...
abalou, abalou, sacudiu, balançou
coração é só felicidade
...

Wednesday, March 08, 2006

enquanto eu não dormia...

“Ainda quero tanta coisa nessa vida…”.

E quando penso em “coisa” não digo jóias, mega-carros (não me dou bem com esse tipo de invenção! rs...) ou outras coisas de alto valor.

Coisas simples, até mesmo abstratas!

Quero um cachorrinho p’ra chamar de Nhoque ou Gavetinha! Coisa pequena e fofinha, p’ra eu conversar quando estiver cansada desses humanos que me rodeiam!

Quero um abraço, abraço certeiro, só meu, daqueles que estarão garantidos até eu ficar velhinha, virar vovó!

Uma laranja docinha, um amor docinho debaixo da sombra de uma árvore.

Quero trabalhar de graça, por prazer e por amor a uma determinada causa. Como benefício, somente aquela sensação boa que dá no coração e que eu não tenho a menor idéia do nome!

Escrever, escrever e escrever. Quero força p’ras minhas mãos, força p’ra minha mente.

Quero dias de sol, sábados de sol, de preferência! Dias lindos, alegres e estimulantes!

Ah! Um desejo difícil, mas vou tentar: quero que todo mundo acorde de bom humor! Over?! rs...

Quero uma pasta de dente de chocolate, uma escova de biscoito!

Que a adoção seja mais do que uma pequena estatística em nosso país.

E, por falar em país, quero um país justo e uma cidade maravilhosamente pacífica!

Música, muita música! Quero uma trilha sonora para cada dia vivido!

E quero uma vida feliz, família enorme, saúde p’ra todo mundo. P'ra dar e vender!

P'ra início de conversa, basta.
(Mas eu disse "ínicio"!)
Boa noite!

As tais borboletas...

Aquela resposta pela qual você nem dormia direito surge na sua frente e – puf! – seu coração vai a 200 batidas/ minuto, as mãos tremem como se houvesse um medo desse tão doce desconhecido, o mundo pára e você não consegue pensar em nada que não seja a resposta ideal, milimetricamente elaborada p’ra não deixar nenhum furo com aquele que pode vir a ser o tal eleito.

Ser quem você não conseguiu ser até hoje!
Fazer melhor do que você já sabe ser capaz!
Transpirar leveza!

Fazer da vida uma grande brincadeira!

Tudo isso passa na cabeça e, principalmente, no coração de um recém flechado por aquele anjinho...

O novo trás consigo aquele nervoso delicioso, instigante e até perturbador!

Sonhos com personagem principal, vontade incontrolável de estar perto, de conhecer o outro por dentro e por fora, ter tempo p’ra mapear cada detalhe, cheirinho, interesse, desejos, querer parar o tempo.

Ah, l’amour...

As tais borboletas que resolveram jogar Queimado aqui dentro, esse friozinho que quase congela a barriga, palpitações irregulares – é só lembrar do dito-cujo que o coração vibra num tu! tu! tu! tu! corriiiiido – olhar que ultrapassa qualquer a parede, corpo aqui e mente que vai do passado ao futuro como se a máquina de tele-transporte fosse commodity...

Pronto, é mais ou menos assim que defino o “gostar de alguém”!

Diagnosticado como melhor pior sentimento que existe!

O que tem que ser... será!

No Carnaval vários casais brigam por besteira, ciúmes sempre tão infundados. Eu mesma presenciei discussões que, ufa!, cansam e só servem p’ra desgastar a relação que, ao contrário do Carnaval, deverá – ou deveria! – seguir pelo resto do ano todo.

Esse comportamento pode até(!!!) ser considerado se você começar a pensar que em toda e qualquer esquina há mulheres ávidas por um beijo que, mesmo sendo brincadeiras de verão, podem abalar as estruturas dos mais sólidos relacionamentos.

Mas, fazer o quê? Elas estarão em todos os lugares: TV, jornais, revistas... corpos incríveis, rostos esculpidos pelos Deuses do Olimpo! Sem falar ao vivo – nos desfiles, festas, blocas ou camarotes. E sem falar ainda no mais misterioso de todos os lugares: o imaginário dele!

É lógico que isso tudo vai potencializar aquela incômoda sensação de estar sendo enganada de alguma forma, aquele sentimento que tira o ar da gente, que faz a cabeça ferver e não deixa ninguém pensa direito: o ciúme!

Então, se você é daquelas poucas que não surtam com as tentações que cercam seu amor nessa época, parabéns, venero-a.

Mas foi pensando na que costuma sofrer – e fazer sofrer, o que é 3 mil vezes pior! – que escrevi isso... e olha que falo com a propriedade e a experiência de quem já esteve de ambos os lados!

Pelo que já vivenciei, penso que sentir ciúmes é sentir medo. Um medo muitas vezes inútil, mas que acontece sem a gente ter muito controle. É não acreditar no nosso potencial, admitir que a “concorrência” é muito melhor do que a gente.
É, antes de tudo, um indício fortíssimo de baixa auto-estima.

Sentir ciúmes também é querer controlar o outro – como se fôssemos conseguir prender alguém! – e controlar os eventos à nossa volta – como se eles não fosse regidos pela incerteza e destino fosse algo inexistente!

É sofrer da ansiedade de querer antecipar tudo, geralmente morrendo de véspera com a certeza de que todas as possiblidades ruins vão mesmo se concretizar e também é transformar as pessoas em “coisas” conquistadas, prêmios que só nós merecemos, ninguém mais: aquele cara é só seu, sem importar se você está feliz com ele e muito menos, se ele ainda é feliz com você!

No entanto...

Se o seu amor está apaixonado por você, não tem jeito, ele é seu, só seu!
Comemore, ame, ame, ame!
Ame-o muito, seja leve, prazerosa, sorria!!!

Quando as energias vibram juntas, os olhares se encaixam com perfeição e corpos idem, significa que nada poderia estar mais protegido do que o seu relacionamento.

Mesmo que ele trabalhe ao lado de uma mulher estonteante ou malhe com aquela menina que você surta só de escutar o nome, nada de ruim acontecerá, relax!, ele é seu simplesmente por você ser tudo que ele quer na vida!

Só o seu beijo e o seu colo serão confortantes e estimulantes suficientemente.
Ele vai sair, jogar bola às quartas com amigos e ainda assim, vai ligar quando chegar em casa.
Admirará você por sua força e forma de lidar com a vida.
Vai ter amigas, um milhão delas, e mesmo assim só admirará o seu jeitinho, o seu perfume.
E tem coisa melhor do que isso?!

Mas, como tudo na vida, há o outro lado...

Vai que o sujeito não está realmente apaixonado!
Neste caso não há nada que possamos fazer além de deixá-lo seguir sua vida. Não vai adiantar vigiá-lo, mandar cartas e cartas, ser mulher fatal ou santa: ele vai dar um jeito de ser feliz noutro lugar porque seu coração não pertence a você, honey.

Mesmo que ele não consiga pular a cerca, é de se perguntar por que você insistiria em manter uma relação que é falsa, frááágil e que não resiste ao primeiro e mais boboca estímulo externo.

Quando não há mais a mesma sintonia p’ra que perder tempo segurando ao seu lado alguém que não a ama de verdade? Aqui talvez resida uma humilhação maior do que a traição flagrada – investir numa parceria vazia por medo de não conseguir conquistar outra melhor com uma nova pessoa.
A palavra é “parceria”, ou seja, implícitos estão a cumplicidade, um carinho imenso, admiração e demais sentimentos que, se escapam dessa bolsinha tão preciosa no bom andamento de um amor de verdade, puuuuf!, vai tudo p'ro espaço...

O risco, portanto, não está no Carnaval ou em qualquer outra data similar. Está, sim, no tipo de relação que você construiu.

Meu conselho é “ser leve” afinal, o que tiver que ser, será.

Tuesday, March 07, 2006

Eu fui atrás do caminhão...

Não me imaginava por lá, jamais!
Lugar quente, muita gente, suor e calor.
Nossa, longe do que idealizo para minhas férias-express!
...
Longe do que eu IDEALIZAVA!

Incrível como as percepções mudam, incrível como a gente muda!

Nunca imaginei que fosse estar em pleno circuito Barra-Ondina e, ainda por cima, gostando, amando aquilo!

E os dias passaram e cada bloco, cada música foram perfeitos!
Para quem não suportava axé, até que eu me sai um excelente projeto de Ivete Sangalo. Decorei as letras, cortei os abadás com empenho e fazia questão de chegar cedo no bloco!!! rs...

Sem dúvidas, o Carnaval em Salvador é um momento marcante, a vibração que o povo emana é única, é uma viagem daquelas que você tem que fazer! Eu, por exemplo, nunca acreditei nesta última afirmação, mas confesso que agora entendo tudo. É um lugar onde a vida é vivida com tamanha intensidade que não tem como não querer fazer parte!

E corta para o último dia, último bloco.

Quando dei por mim, estava na pipoca do Voa-Voa, depois de um Me Abraça cheio de novidades e de um impossível-ficar-parado Fatboy Slim, chorando junto a milhares de outras pessoas que viam a festa acabar com o nascer do dia.

E, de repente, todas as músicas pareciam se referir à despedida...

Abraços apertados, amores de praia que muito possivelmente não subiriam a serra ou finais felizes para histórias tão improváveis. Tudo aquilo que fora tão esperado ao longo de um ano inteirinho acabava de passar na nossa frente enquanto um lindo “Eu fuuui atrás do caminhão, fazer meu Carnaval e o Carnaval é feito no coração... de Bell ecoava na Avenida.

Final feliz.

11 dias.

Sol
Japa Food
Amigas
Risadas
Meninos
Amor(es!)
Expectativas
Música!
Música!
Música!
Suor
Mar
Voz
Toque
Relaaax
Paz
Positividade
Emoção
Beijo
Novidades
Água de coco
Sonhos
Relógio na gaveta
Praia
Saúde
Ondas
Felicidade
AMOR.

Monday, March 06, 2006

Quem diria...

A gente fecha um contrato incrível e todo mundo nos parabeniza, diz que somos potenciais! Quem diria, não é?
Organizamos um jantar surpresa lindo p’ra nossa melhor amiga e todo mundo ama! Quem diria...
A gente encontra o cara das nossas vidas no meio do maior Carnaval do mundo! Não é possível, comigo não... sur-re-al, quem diria que isso poderia acontecer?!
Mantemos a calma quando o clima no trabalho é de alta tensão e apreensão. Quem diria, logo eu!

“Não é possível que seja verdade... Quem diria...”

A gente nunca acha que é tão capaz e tão merecedor dos bons resultados que trazemos para nossas vidas. Sempre achamos surreal se algo dá muito certo, se encontramos uma pessoa especial, se conseguimos superar as nossas próprias expectativas. Mas que falta de confiança no nosso próprio taco!

Trabalhamos muito, somos pessoas boas, buscamos não fazer nada que vá magoar outras pessoas, vivemos na maior paz&amor, então por quê cargas d’água não podemos merecer um docinho no final das contas?!?

E não digo uma “casquinha”, docinha e que logo logo derrete na boca, mas sim algo que adoce nossa vida e a torne melhor, dando mais sentido e vontade de seguir mais e mais, isso sim!

Sobre amor e Carnaval.

Fevereiro...
E com ele, muita farra, beijo na boca, blocos de rua, Salvador, paz e legiões de amigos.
Bom, à princípio, nada que remeta a um romance sólido ou coisa que o valha, correto?

ERRADO!

Estive na terra do maior Carnaval do mundo - e, sem dúvidas, o melhor também! - vendo de pertinho que "descompromisso" poderia ser o título de cada momento mas, mesmo assim, insisto em pensar que amor e Carnaval têm muito em comum.

Vejo e afirmo com propriedade que é muitíssimo plausível reconheceremos "o" alguém no meio da multidão, alguém de rosto já tão familiar, olhar tão seu, que faça o coração acelerar, sem ao menos você estar programando tal encontro.
(Sim, se isso não é sorte, meu caro, então eu não saberia explicar...)

Vivi dias intensos de folia, vida escancarada em todo canto, mar e sol emoldurando sorrisos, corações encontrando corações, boa energia. Cenas que já estão no meu peito p'ra sempre, fato.

Mas, ao chegar lá, resolvi observar as pessoas e acabei notando os contrastes que, mal ou bem, já imaginava encontrar...

Salvador é, sem dúvidas, um local para estravazarmos toda e qualquer vontade, mas que deixa muito claro também o desejo de encontrar alguém que realmente valha a pena no meio daquela multidão, é um lugar de viver extremos, como se o sol abraçasse a lua: estar muito feliz com tudo aquilo e de repente, ao chegar em casa, ver que não passou de um momento maravilhoso porém, efêmero demais.

E foi nessa hora, depois de tanto perceber isso e de tanto ouvir amigas e pessoas queridas dizendo que por mais que tivessem beijados uns 10 cidadãos por bloco não havia nada como um amor de verdade, que percebi que um bloco inteirinho pode passar, calor, gente nova, enfim, tudo pode passar naquelas seis horas diárias de festa, mas se o seu coração está preenchido, não há como despistar o folião que pula lá dentro, ainda que ele seja um misterioso mascarado para você....