Friday, September 30, 2005

saudades. já começou...

Vento No Litoral
Composição: Renato Russo

De tarde eu quero decansar,
chegar até a praia e ver
Se o vento ainda está forte
E vai ser bom subir nas pedras
Sei que faço isso pra esquecer
Eu deixo a onda me acertar
E o vento vai levando tudo embora
Agora está tão longe
Vê, a linha do horizonte me distrai
Dos nossos planos é que tenho mais saudade,
Quando olhávamos juntos na mesma direção
Aonde está você agora
Além de aqui dentro de mim?
Agimos certo sem querer
Foi só o tempo que errou
Vai ser difícil sem você
Porque você está comigo o tempo todo
Quando vejo o mar
Existe algo que diz:
- A vida continua e se entregar é uma bobagem
Já que você não está aqui,
O que posso fazer é cuidar de mim
Quero ser feliz ao menos
Lembra que o plano era ficarmos bem?
- Ei, olha só o que eu achei: cavalos-marinhos
Sei que faço isso pra esquecer
Eu deixo a onda me acertar
E o vento vai levando tudo embora

Tuesday, September 27, 2005

um dia sete.

Em julho eu escrevi uma “Historinha...”.

Hoje vou publicar mais uma, escrevi num domingo, final do dia, depois de semanas, digamos, “intensamente vividas”.

Bom, senta que lá vem história!

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“Era um dia meio cinza, nem sábado, nem domingo, um dia esquisito, daqueles que dá saudade até em quem não tem de quem sentir saudade de ninguém.

Ela acordou, leu o jornal. Tomou um banho e se arrumou toda. Estava simples, mas bonita, transmitindo uma imagem de quem, na verdade, escondia um estilo “simples” porém arquitetado nos mínimos detalhes.

Ele não gostava de muito frufru não e ela adoraaaava ele.

Para o momento do encontro, ela esperava o de sempre: um abraço, dois beijinhos e a eterna sustentação de um ar falso de quem não dava a mínima bola p’ra ele. Desde aquele mês de fevereiro havia sido assim.

E ela chegou e sorriu para todos e conversou muito: assuntos sérios, no maior clima de “mas como você está com tudo isso?” até risadas altas e gostosas de piadinhas bobas e leves.

Olhava para a porta de 1 em 1 minuto. Ele poderia chegar a qualquer momento. “Que saudades!”, pensava ela, guardando para si uma dorzinha fina e controlando-se para não falar nem fazer nada que pudesse ser considerado exagero.

Não demorou muito e ele adentrou a sala. O coração dela batia mais forte do que o normal, as mãos tremiam, a boca secou.
Olhares das amigas acompanhavam cada reação tão minuciosamente como um médico acompanha o exame de um paciente.
Olhares que podiam ser interpretados como frases, conversas inteiras!!!
Sintonia, coisa de mulher mesmo...

Finalmente ele foi falar com ela: “Oi, tudo bem?”. Que safado! Essa perguntinha simples que ele fazia sempre que a encontrava, tinha O poder de derreter o coração dela, fazer o mundo ao redor parar e fixar o olhar e as vontades dela somente nele, como numa cena de Matrix! Será que ele percebia tudo isso? Aquela voz ecoando na mente, olhos no olhos e o primeiro contato até a estabilização dos batimentos dela eram praticamente tão demorados e intensos quanto o sentimento como um todo.

Por que era tão intenso se, na verdade, não passava de um “nada”??? Sim, já havia sido algo muito forte, mas naquele dia, nada não era mais nada, a não ser um sentimento velado, escondidinho lá no fundo do peito, no "Old Datas" do coração.

E durante a noite toda, ela olhou p’ra ele como se fosse a última vez, como se não fosse mais saber o que é esperá-lo entrar pela porta, como se não fosse mais ouvir aquela sua risada engraçada.

Suspiros? Muitos! Uma vida inteira deles!

Depois de muito dançar, muito conversar e de algumas tacinhas, ela estava pronta para ir falar com ele. Respirou fundo. “Coragem, mulher!”, dizia-se para si mesma.

E lá se foi.
Sentaram juntos, ousadia dela. O calor subia o corpo e as mãos tremiam. Conversas sobre assuntos diversos, porém sempre com um tom malicioso, um ar diferente.

Ambos sabiam que não era fácil estar tão perto. Isso era visível. Uma pele parecia clamar pela outra, os olhos fixados nos lábios do outro, quase incontroláveis. Força, quanta força faziam... mas, que perda de tempo!

Após conversas e muitas risadas, um desafio, num tom quase infantil, foi lançado!

Ela não acreditava na proposta dele e ele não acreditava que ela iria ter coragem dessa vez.

Ele saiu, estava do lado de fora, indo embora, rindo do que falara.

Ela respirou, tomou coragem e apareceu com um risinho de quem quer “aprontar”.

Olharam-se. Riram como se não acreditassem que aquilo estivesse acontecendo.

E ela, sorrindo, porém derretendo por dentro disse: “Viu? eu não disse que viria?

E lá foram eles, para aquele pomar imenso,
repleto de nada,
onde simplesmente
TUDO
poderia acontecer!”

Bom, é isso... ai, ai...

Ah! O final da história!?? Eu não sei, não quero pensar nisso agora.

Not now.

full description of myself


I'm a bitch, I'm a lover

I'm a child, I'm a mother

I'm a sinner, I'm a saint

I do not feel ashamed

I'm your hell, I'm your dream

I'm nothing in between

You know you wouldn't want it any other way

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I'm a bitch, I'm a tease

I'm a goddess on my knees

When you hurt, when you suffer

I'm your angel undercover

I've been numb, I'm revived

Can't say I'm not alive

You know I wouldn't want it any other way

Friday, September 23, 2005

ao Anonymous...

"To love is to risk not being loved in return."

Wednesday, September 21, 2005

Love Song For No One


"I'm tired of being alone
So hurry up and get here
So tired of being alone
So hurry up and get here
I could have met you in a sandbox
I could have passed you on the sidewalk
Could I have missed my chance
And watched you walk away?
Oh no way"

Tuesday, September 20, 2005

focar!!!


Dia desses, a Rafa, uma amiga minha, me enviou um texto muito interessante, sobre como você deve manter o seu foco nas coisas/ pessoas/ situações/etc. que você sabe que valem a pena, que correspondem ao que você espera, que te deixam feliz.

Diz, entre outras coisas, que "tudo que leva a nossa atenção tende a crescer", a ocupar um espação em nossas vidas, seja isso p’ro lado bom, seja isso p’ro lado ruim.

Eu entendo isso.

No big surprise p’ra mim...

Dou atenção a tanta “coisa” que não me corresponde, não me deixa mais feliz do que posso ser sozinha ou não vale a pena...

Semana passada mesmo eu estava cansada, tensa e o pior de tudo: sem saber o motivo!

Sinto que acabo, muitas vezes, carregando, como diria o Lelê, um peso muito maior do que preciso, gastando o meu tempo com o que não importa tanto, absorvendo problema de todo o mundo e tentando resolver tudo em 5 minutos, no máximo! UFA!

Sim, tenho pressa e tenho mania de perfeição, não é nada simples lidar com isso.

Perfeição? Conceito total subjetivo, mas que existe, existe. Cada um vê de uma forma!

Bom, sei que acabo por deixar de lado o MEU LADO!

O problema todo é que não sei separar direito o que é realmente importante. Deixo muito o meu coração me guiar e acabo não pensando em mim, pura e simplesmente. Não sei pensar no “1”, na “unidade”, em MIM e ponto e deixar os outros p’ra daqui há pouquinho!


Preciso focar mais em mim.

Focar mais...

· No que quero ser e não no que não me faz 100% realizada.

· Em quem eu quero conhecer e não em quem não quero nem ver pintado de ouro.

· No que quero fazer no Reveillon e não no que não vai dar p’ra fazer por que é “só” um final de semana!

· No que fazer p’ra aproveitar ao máximo o tempo com as minhas amigas e não em ficar tensa porque é pouco o tempo p’ra todas ficarem juntas.

· No que quero p’ro meu corpo e não no “problemão” de ser brasileira típica com bundão, pernão... ai, ai... women!!! rsrsrs...

· Em sonhos que VOU realizar e não em sonhos que “gostaria” de realizar!

· Em estudar muito e trabalhar muuuito p’ra ser "A" mulher e não no mega sol que tá lá fora e eu aqui dentro me dedicando ao Mr. Kotler & cia.

· Em quem eu quero p’ra me entregar de vez e não em quem não quer me ter de verdade, não me quer por more than one night.

Parece simples, canso de dar esses conselhos p’ros meus amigos quando conversamos, mas vai aplicar na sua vida... aí já é outra história!

Outra história que nada! Comecei a pensar assim! Vamos ver no que dá!

:-)

thought...

"Here is my confession
May I be your possession
Boy, I need your touch
Your love, kisses and such
With all my might I try
But this I can't deny"
(I Try, Macy Gray)

Friday, September 16, 2005

Porque ESSA sexta-feira é t-u-d-o!

- acordei ouvindo uma música do meu top 5, “Crash”, DMB...


- antes mesmo de colocar um pé no chão, já recebi mil beijos da Piu e da mamãe!


- ligações, ligações e ligações!!! Além de torpedinhos, mensagens no Orkut e etc. ADORO!!!

- cheguei no trabalho e vi bolinhas coloridas coladas no meu comps, recebi flores, enfim, amei!

- porque vou ver meus amigos queridos!

- porque recebi um cartão liiiiiindo de um alguém muito especial!!!

- porque hoje é “FRIDAY” e... “Friday, I’m in loveeee!”

porque é o meu níver e eu adoooooooro fazer aniversário!!!!
(vamos combinar que esse “adoro” todo tem validade, ok? rsrsrsrsrs...)

Wednesday, September 14, 2005

Minha voz procurava o vento para tocar o seu ouvido...

Utlimamente tenho me interessado por Pablo Neruda. Uma amiga me escreveu uma frase dele e eu li alguns poemas que me despertaram uma certa curiosidade sobre sua obra.

Neruda, um chileno, foi um dos maiores poetas líricos da América Latina.

Seu primeiro livro importante - "Vinte Poemas de Amor e uma Canção Desesperada" - é uma autobiografia sentimental repleta de um romantismo triste, melancólico e apaixonado. P'ra os românticos, apaixonados ou p'ra os que buscam "a" pessoa, 'eum prato cheio!

No livro há um poema chamado "Posso escrever os versos mais tristes esta noite" que é uma coisa!!! Triste até não poder mais, dá saudade até em quem não precisa sentir! Porém, é também lindo e verdadeiro... achei que valia a pena publicá-lo aqui.

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Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Escrever, por exemplo:
A noite está estrelada, e tiritam, azuis, os astros, ao longe.
O vento da noite gira no céu e canta.
Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Eu a quis, e às vezes ela também me quis...
Em noites como esta eu a tive entre os meus braços.
A beijei tantas vezes debaixo o céu infinito.
Ela me quis, às vezes eu também a queria.
Como não ter amado os seus grandes olhos fixos.
Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Pensar que não a tenho.
Sentir que a perdi.
Ouvir a noite imensa, mais imensa sem ela.
E o verso cai na alma como no pasto o orvalho.
Que importa que o meu amor não pudesse guardá-la.
A noite está estrelada e ela não está comigo.
Isso é tudo.
Ao longe alguém canta.
Ao longe.
Minha alma não se contenta com tê-la perdido.
Como para aproximá-la meu olhar a procura.
Meu coração a procura, e ela não está comigo.
A mesma noite que faz branquear as mesmas árvores.
Nós, os de então, já não somos os mesmos.
Já não a quero, é verdade, mas quanto a quis.
Minha voz procurava o vento para tocar o seu ouvido.
De outro.
Será de outro.
Como antes dos meus beijos.
Sua voz, seu corpo claro.
Seus olhos infinitos.
Já não a quero, é verdade, mas talvez a quero.
É tão curto o amor, e é tão longe o esquecimento.
Porque em noites como esta eu a tive entre os meus braços,
minha alma não se contenta com tê-la perdido.
Ainda que esta seja a última dor que ela me causa,
e estes sejam os últimos versos que lhe escrevo.
"Posso escrever os versos mais tristes esta noite", de Pablo Neruda
In: 20 Poemas de Amor e uma Canção Desesperada

Thursday, September 08, 2005

feito tsunami...

Que surreal…

O que você mais quer, quando você menos espera, acontece.

Assim, do nada, sem dica, sem palpite, sem nada.
Acontece e pega de surpresa, deixa ser ar, sem tempo p’ra realizar, p’ra pensar, p’ra falar tudo que se tem em mente há tempos, anos.

Olhei, observei mínimos detalhes, tá tudo ali...

feliz, muito.

''O maior erro que você pode cometer na vida é ficar o tempo todo com medo de cometer algum''.
Elbert Hubbard

Monday, September 05, 2005

- ajuntamento que é pura distância -

A semana passou e veio o final de semana, a sexta-feira cool, o tão sonhado sábado e o melancólico domingo... resumindo, “bombei”.

Depois de ter vivido um final de semana cheio, daqueles que o dia tem muitas horas e a noite não acaba nunca, tive alguns sinais de que estou cansando de tanto ir de lá p’ra cá e de cá p’ra lá, como diz um amigo meu “como se não houvesse amanhã”, sem rumo algum.

Sempre fui muito quietinha e, desde que terminei meu último namoro, comecei a sair demais, de não ver a noite da janela do meu quarto, de não deitar antes do primeiro raio de sol sair, de perde o início do dia na praia por estar morgada na cama, numa intensidade que até agora não acredito que consegui.

Nesse domingo, já voltando p’ra casa – leia-se “lá p’ras 6 a.m.”, parei p’ra pensar: “será que isso tudo vale?”.

Parece coincidência, mas sei que não é: quando acordei, fui ler o jornal e me deparei com uma descrição da tal “night” que tanto me cansa que fiquei pasma com sua perfeição:

Não tenho nada a ver com boate, com o som alto impedindo a voz, com a sensualidade comprada em shopping, com o ajuntamento que é pura distância, as horas mortas desgastando o rosto, a falsa alegria dos ausentes de si mesmos.”

Não é perfeita?

Boate, night, enfim, tudo isso coube direitinho na descrição.

Na night do fds que passou vi rostos desgastados cobertos por quilos de maquiagem, pessoas que apesar de perto, estavam mais distantes umas das outras do que a lua do mar, pseudo-sensualidades embaladas por músicas que passam longe do amor, risadas e euforia vindas de dentro de um copo e energia que se compra no bar, na tal latinha azul.

Tenho 22 anos, semana que vem faço 23. Posso resumir meu conceito de felicidade à minha família, meus lindos amigos, às músicas que me tocam, às paixões que persigo, às perguntas ainda sem respostas, às respostas que só me fazem perguntar mais, à constante perseguição do que ainda não sei bem o que é, ao meu diário encontro comigo mesma, às pessoas novas e interessantes que descubro a cada dia, à compreensão do meu corpo.

Hoje, sinto e ouço muito mais do que todo o resto.

Não quero estrear a nova idade cansada... Só se for cansada de vida, de estar acordada, de ver o sol, de cair no mar, sentir ventinho e cheiro de maresia do meu quarto, de rir com as amigas, de buscar o beijo perfeito, o toque essencial, a voz que arrepia.

Prometo que vou buscar isso.

Thursday, September 01, 2005

"maravilhas" tecnológicas

desde que coloquei as musiquinhas no iPod não parei de ouvir música: ouço indo p'ro trabalho, no trabalho, indo p'ra PUC, correndo, enfim, não largo meeeesmo!

ele é ótimo, levinho, enfim, o negocinho é muito prático e ainda cabe tanta música nele que acabo colocando muitas que eu nunca havia ouvido direito, daquelas que se deixa passar sem notar.

hoje no trabalho , sem querer, comecei a prestar atenção numa música lentinha, gostosa mesmo, chamada "Lover Lay Down", Dave Matthews.

só pela banda, ainda preciso dizer mais alguma coisa?!

bom, a letra é surreal, estilo "carta-de-amor-que-todo-mundo-sonha-receber-um-dia", coisa mais linda.

tô pasma com as frases, com a sintonia, com... enfim, YOU know.


Lover Lay Down
Dave Matthews Band
Spring sweet rhythm dance in my head
Slip into my loveeeeer's hands
Kiss me oh won't you kiss me now...
And sleep I would inside your mouth
Don't be us too shy
Knowing it's no big surprise
That I will wait for you
I will wait for no one but you
Look please lover lay down
Spend this time with me
Together share this smile
Lover lay down
Walk with me, walk with you
Hold my hand your hands
So much we have dreamed
And we were so much younger
Hard to explain that we are stronger
A million reasons life to deny
Let's toss them away
See you and me we
Lay down look see
She and he
By my lover's side
Together
Share this smile
Each other's tears to cry
Together

E ainda precisava estar nublado???

Esse tempinho de hoje lembra o quê? P’ra mim, lembra saudade, distância, sentimento velado... por aí...

Queria ficar debaixo do edredom, “#41” tocando, um soninho me embebedando aos poucos e pensamentos velozes e confusos se organizando devagarzinho, como num sonho.

Hoje, quinta-feira, tô cansada da semana que não foi fácil: trabalhei demais, fui p’ra aula, enfrentei trânsito caótico, medo de encontrar na esquina surpresas desagradáveis, medo da cidade que eu moro. (triste isso, não?)

Dizem que um mês antes do nosso aniversário ficamos sujeitos ao tal “inferno astral”. Será que é isso? Faltam só 15 dias e eu tô over-sensível, chorando até com comercial de margarina! Não tô querendo papo com muita gente não, tô querendo sair cedo do trabalho, querendo voltar logo p’ra yoga, quase me obrigando a começar a ouvir conselhos que eu mesma dou p’ros meus amigos. Por que é tão mais fácil ajudar os outros do que a nós mesmos??

A grande verdade é que está tudo uma grande confusão que pretendo começar a organizar, aos poucos, sem pressa de acertar de novo. O que foi, foi e eu não posso fazer mais nada.

Falei demais, escrevi demais, me dediquei demais em momentos que não mereciam tanto, p’ra algumas pessoas que não mereciam tanto...

Agora, chega, cansei.

Daqui há 2 semanas eu faço 23 anos e quero que esse “nublado” vá p’ra longe de mim!

Xô!

Chispa, frente fria!

P’ra minha vida, só quero brisa do mar e calor do sol!