Wednesday, October 24, 2007

Uma Reza de Menina

Eu peco que a vida seja boa.

Nao peco muito nem peco pouco: peco o essencial, para que ao final de tudo eu possa ter certeza de que feliz eu fui.

Que a vida me apresente surpresas das mais diversas formas e que eu as receba sem medo ou ansiedade, pressa ou preconceitos.

Que a familia seja sempre calorosa, grande, ruidosa e unida.
E que, um dia, eu possa construir a minha familia, deixar minhas gotinhas de esperanca p’ro mundo.

Um amor que seja unico.
Que seja conto de fadas, eterno namoro, um bom encontro de dois.
Duas almas amigas, que saibam respeitar silencio e espaco, entendendo e aceitando diferencas.
E que esse amor seja vermelho paixao!

Que a feminilidade que comigo trago seja sempre suave e sadia, vida delicada e doce.

Que meus olhos, ouvidos e coracao estejam fechados a maldade, a inveja, a corruptas palavras e ideais!

E que, ao cair, eu possa saiba me reerguer – sempre! – sem vergonha, com toda a dignidade a mim concedida.
(Afinal, o que seria da vida sem os REcomecos?!)

Que as palavras ditas sejam sinceras.
E que da minha boca nao saiam mal, magoa ou ofensa.

Sorte.
Deixo que o destino se encarregue da minha sorte!

E que eu caminhe protegida e certa de que sou maior do que todo mal que por ai ainda encontre.

Amem!

Monday, October 22, 2007

Domingo.

Eu gosto de estar sozinha, quieta.
Sempre aproveitei esse tempo p’ra ler besteira e coisa seria, rever pensamentos, revisitar as memorias mais (in)validas, sentir saudades, pensar nas pessoas que estao la – que estao ai... - olhar p’ro teto, fazer nada ou fazer tudo, arrumar gaveta, me emocionar com bilhetinho velho, cartao de amor que acabou (amor acaba?) e por ai vai...

Eu nunca imaginei que um colo faria tanta falta, eu nunca imaginei que precisaria tanto d’um colo p’ra chorar, questionar, relaxar ou sorrir.

E logo eu, que sempre me senti tao auto-suficiente desde que o destino me levou p’ra longe...

E agora, quando eu fico sozinha, eh so nesse colo que eu penso, os dias ficam vazios – mesmo que com um milhao de emails a espera de resposta, mesmo que o barulho no escritorio seja insuportavel.
E quando eu vou dormir sinto que algo ficou faltando durante aquele dia.
Alguem...

Era ele, o dono do colo, era ele.

Ele que nao esta onde deveria estar, ele que nao desarrumou aquele outro lado da cama, que nao desfez a ordem das trezentas almofadas do sofa.
Ele que acordou no meio da noite, me acordou no meio da noite...
Ele que trouxe uma florzinha arrancada do meu proprio jardim e fez meu coracao derreter.
Ele que nao roubou o controle ja tao acostumado com a minha mao, que sem graca!
Ele que sentiu que era de verdade, que encontrei por “acaso” e que fez meu coracao disparar.
Ele que escreve e fala e fala e escreve e nao conclui pensamento nenhum...
Ele que eu quero tanto.

Domingo foi dia de pensar.
(E como eu odeio Domingos!)

Nao da p’ra entender, nem eu mesma vejo sentido.

Logo eu, que sempre gostei tanto de ficar sozinha...

Thursday, October 11, 2007

amor-tentativa?!?

Gostar de alguem eh facil.
Querer conhecer eh mais facil ainda!
Dificil eh atrair esse alguem, mante-lo e saber renovar a forca – seria o tal do amor? – que mantem a relacao viva.

Nao eh preciso mudar, inventar jogo(s), dizer que gosta de abacaxi quando, na verdade, ama maca.
Nao eh preciso fingir que sabe-se sobre tudo ou vestir-se desconfortavelmente linda, nao eh preciso opinar sobre politica – ainda mais quando politica eh um dos assuntos que menos domina e mais abomina!

Tem vergonha dos meus erros?
Gosta dos meus defeitos?
Saberia conviver com minhas manias?
Quer dividir risos - e lagrimas - comigo?
Nao sabe? Pergunte, oras!
Voce sempre vai ter aqueles 50% de chances a seu favor...
Eh preciso ser curioso!
Curiosidade que faz querer descobrir a pessoa que te acorda com a bochecha colada a sua boca, esperando o beijo de bom dia, curiosidade que faz querer saber – aos poucos e devagar, pois caso contrario vira obsessao! – sobre o passado, experiencias vividas, amores que nao foram, amores que foram... e foram embora.

Conhecer alguem eh tao bom quanto ler um livro que te faz sentir-se parte da historia – so que, quando esse alguem eh “O” alguem, a gente nao quer que o “livro” tenha fim, o mocinho vai ficar com a mocinha e as paginas serao infinitas – e brancas, limpidas, esperando uma linda historia ser escrita.

Querer ter uma testemunha p’ra vida toda, tentar amar, tentar ser amado: nada eh mais valido!

Agora, saber que poderia mas nao pode, saber que entregaria corpo e alma mas nao entregar – que triste esse destino!

Abafar alguem que poderia ter sido, que poderia ter feito A diferenca, alguem que por motivos que o outro talvez desconheca, nao foi, ficou travado, com medo, uma historia que seria linda mas nao teve nem inicio, nem fim...

Triste um amor que nao ultrapassou a barreira do peito, que nao virou voz, toque ou olhar.
Triste.

Sou a favor da conversa e da exposicao do sentimento, mesmo que a reciproca – ja ate sabida, por muitas vezes – nao seja verdadeira, mesmo que nao passe de um desabafo.
Sou a favor do beijo roubado, da declaracao fora de hora, da surpresa no trabalho.
Sou a favor do bilhete escondido no terno dele ou naquela parte da frente da bolsa dela.
E do perfume espirrado no travesseiro, do jantar a luz de velas no meio da semana, da simples pizza e TV, no colo do outro, conversas longas sobre tudo e silencios compartilhados com a maior naturalidade do mundo...

Sou a favor de um coracao exposto, sem medo de tentar – medo da decepcao todos temos e teremos mas ela nunca deixara de existir por causa disso, entao...

Sou amiga dos que amam e dos que desejam amar e assim vamos vivendo: acreditando que esse ja tao conceituado 'amor' existe e que doce seja o destino de todos os perdidos, derretidos, diluidos em...

AMOR.

Thursday, September 20, 2007

Que um dia...

E de que adianta se o sentimento ficou preso, se o que ela tinha la dentro nao fez diferenca p’ra ninguem? (P’ro alguem que ela tanto queria…)

E de que adianta se ele nao levou a serio, se nao passou de brincadeira, se foi uma tentativa de adolescente, um primeiro passo p’ra – ai sim! – comecar a entender do que se trata amar?

De nada, de nada adianta.
(Nao mais... nao mais?)

Olhar p’ra tras e nao querer lembrar – porque lembrar tambem machuca!

E se lembrar, sentir o coracao rachar, doer, arrepender, querer possuir maquina do tempo, correr atras e dizer bem alto “Volta!”...

L’amour!

O amor tem dessas coisas: nao ha dor maior, nao ha maior prazer.
Essa antitese que mora aqui dentro, que mora ai dentro...

******

E ela esperou, esperou, esperou.
Uma a segunda chance p’ra tentar convencer e reconquistar o espaco naquele peito, no colo tao perfeito – ou p’ra acabar com tudo de uma vez por todas!
So nao suportaria mais a pseudo-indiferenca que ambos criaram – p’ra evitar a dor da distancia, da saudade, da possibilidade tao impossivel...

So que ele era unico e quando (e sempre) comparado aos demais, sempre vencia.

Mas nao, nao se tratava de luta, aposta ou disputa, so de amor.

Daqueles que mesmo depois do ultimo beijo – tempos atras, no meio de tanta gente... – voce ainda sente o gosto.
Daqueles que mesmo longe esta perto, o calor eh o mesmo.
Daqueles que vale a pena a dor, a espera, a abstinencia de outras bocas, outros corpos...

E ela seguia, acreditando que um dia...

Wednesday, September 19, 2007

Eu vi...

... E quem diria? Ainda da p’ra acreditar no amor!

Eu, que nunca deixei de acreditar, o vi de perto, muito pertinho.
Fui testemunha de um amor, de muito amor de uma so vez.

Eu vi esse amor verdadeiro, amor puro, sem data de vencimento, amor sem motivo, justificativa, amor por amor, por encontro, por destino, conjuncao estelar, cupido espertinho, chame como quiser... era amor – eh amor!
Quase uma magica, quase uma celebridade, ser mitologico, musa inspiradora, gente importante, so que ao inves de palpavel ou visivel, eh puro sentimento, sentimento unico, indefinivel, sentimento ilimitado.

Tudo que a gente passa a vida inteira procurando eh isso: amor de verdade.
Um, dois, tres, dez, mil!
Quanto mais melhor!

E nao eh do amor de um outro ser que falo, amor por aquela tal “testemunha” p’ras nossas vidas, mas sim de um amor irradiado por pessoas que a gente mal conheceu, so olhou no olho, mas nunca conversou.
Um amor que nos rodeia sem que o procuremos, amor de boas pessoas, de coracoes pulsando no mesmo ritmo, numa so melodia.
Amor que enfrenta tudo, que te faz melhor, que soma.
Amor que renova, que da certeza, acende luzinha la dentro.

Amor que a cada dia nao muda, continua o mesmo e isso eh que o faz tao especial – eh o mesmo amor, a forca, intensidade sem forcar, sem cobrar.
Eh seu e ponto!

Apenas quem ama – ou amou – vai entender... eu amei, eu amo e ainda quero amar mais.
E como eu sei que eh ou que foi amor?
Isso nao vem escrito em bula, nao tem email de confirmacao, ligacao ou bilhetinho na geladeira: ele esta ali, voce simplesmente sabe, voce sente.

E se nao for amor, que nao seja nada, porque amor de verdade eh um so!
Nao eh “mais ou menos”, nao eh “so hoje, amanha nao”, eh p’ra sempre, eh estavel e calmo como o mar pela manha, como acordar no formato do outro, como olhar p’ro lado e encontrar um alguem que de nada precisa, so precisa existir.

Isso eh amor.

E eu vi de perto...

Monday, August 27, 2007

Meu resumo.

Liberdade.
Uma verdade, um carinho, muitas vontades e muita preguica.
Minha familia, uma irma chamada Piu e duas primas... tres irmas!
Um amor, o amor, aquele amor, o seu amor – sua, sou sua.
Um colo p’ra descansar, tres filhos bagunceiros e falantes.
Um cachorro, dois cachorros, tres cachorros – um p’ra cada filho.
Um abraco, companhias, sorriso, gargalhadas.
Dirigir no Elevado do Joa depois da noite mais surpreendente. E rir sozinha...
Uma viagem com os melhores, os p’ra sempre. E depois, de presente, lembrancas eternas...
Sentir vergonha. Mas so depois de ja ter feito!
Casual e formal. Tudo junto.
Uma mae Maria. Ela ensina, inspira, torce. Minha estrela.
Alguem p’ra admirar, inspirar, desejar.
Ter que cumprir um deadline. P’ra ontem!
Ter uma necessarie lotada de coisas que eu nunca uso.
Fingir que nao conheco, desconfiar de besteirinhas, evitar roupa preta na sexta-feira.
Tropecar e rir sozinha.
Chocolate, ovo de Pascoa, brigadeiro de colher.
Fazer escolhas, observar pessoas, nao julgar.
Fotos, muitas fotos e um mundo inteiro ainda esperando p’ra ser fotografado.
Um filme, lagrimas, lembrancas, esperanca...
Jeans, uma seda, a minha pintinha secreta!
Orgulho, conquistas, coragem. Peito e mente: abertos, es-can-ca-ra-dos!
Voltar no lugar, reviver o primeiro beijo, rever o primeiro amor.
Um show na praia, um astral unico.
Sorte, que sorte!
Secar so a franja, me maquiar no transito.
Adrenalina, suspense, pressao e... deu certo! No final, tudo da certo...
Beijo no pescoco, beijo na bocheca, como eu amo beijo na bochecha!
Uma avo, muitas historias.
Correr e suar ou elegantemente caminhar sobre um salto 15.
Uma praia, aquela praia, um encontro, por-do-sol, noite.
E acordar abracado, um no formato do outro.
Uma testemunha – p’ra a vida toda.
Uma amiga p’ra sempre, um amigo-irmao.
A carta que guardei, o email que nao foi, o telefonema que nao aconteceu. Medo?!
Um dia, uma semana, aquele ano... que ano!
Paciencia, respiracao, muita ansiedade.
Rever alguem. Sentir os mini-terremotos internos.
Dancar, dancar, dancar. Ate doer o pe, ate acenderem a luz, ate a festa acabar.
Festa de aniversario, presente, um brinde, presencas.
Pedidos e realizacoes. Realizacoes e agradecimentos.
Um coracao com tempo p’ro meu.
Quem fui ontem, quem quero ser amanha.
Um casamento... na praia.
Salada de frutas de sobremesa.
Mate com limao nas veias ao inves de sangue!
Mudar as folhas mas manter as raizes intactas.
Achei um bilhetinho, recebi flores no escritorio e, de repente, um e-mail p’ra deixar o meu dia mais colorido.
Trabalhar demais, procurar ser melhor sempre. E conseguir.
Chutar o balde, perder a linha – E por que nao?!
Um segredo, um medo, uma vergonha.
Ser vaidosa, mil creminhos & maquiagem, ser fresca... mas so ½ hora por dia!
Estacionar o carro e esquecer do lugar.
A voz que te faz suspirar, que te faz ter A certeza.
Roupa branca no Reveillon, flores p’ra Yemanja, as uvas e as ondas.
Aceitar desculpas, pedir perdao, correr atras, saber ouvir o nao e entender.
Um album de lembrancas lindo mas que nao existe – esta todo registrado no peito.
O que me teve, o que nao vai me ter... porque nao quer, porque eu nao quero.
Papel e caneta, maos a obra!
Dividir sobremesa, jamais!
Adotar – crianca, cachorro, amigo, irmao, plantinha.
Chorar por todos que se foram. E chorar. E chorar...
Doar o que nao faltara – amor.
Uma noite inesquecivel, uma inconsequencia que fez tanto sentido...
Te criar, te moldar ao meu gosto, te inventei!
Aquele me perdeu, aquele que me magoou. Passados...
Um improviso, Rock’n Roll de menina.
Um amigo cantor, todo cheio de chaaaaaarme...
Um amigo mais velho, mais experiente. E liiiindo...
Ressaca, agua de coco e oculos escuros.
Amadurecer, mas devagar, nao ha pressa!
Fingir que odiou o “fiu-fiu” na rua mas no fundo a-d-o-r-a-r.
Ser madrinha de um casamento, ser um cupido perfeito.
Um amigo que mora na China. Um irmao que mora na China.
Um estrela, um infinito; ambos atras da orelha.
Misterio, um rosto sem nome, uma noite sem comparacoes.
Calcinha colorida e grande, pijama de coracao, cabelo baguncado.
Dia dos Namorados sozinha, Dia dos Namorados acompanhada.
O tal do certo so que na hora errada.
O tal do certo nao hora certa. Ih, achei...
Colecao de sapatos, vicio.
Uma festa a fantasia, uma festa da Tequila.
Um coque no cabelo, oculos de leitura bege e ele apareceu... aqui dentro.
Amar o que ele tem de melhor. Amar o que ele tem, seja la o que for.
O pior e o melhor, o doce e o amargo – experimentar nao eh pecado.
Entrar em casa e tirar a sandalia p’ra nao fazer barulho no corredor.
Protecao divina, corpo fechado, reza forte!
Um coracao partido, um fantasma, uma superacao.
Ansiedade, aeroportos, “ta chegando!”, pousou!
Carnaval, uma amiga Mari, sol, abadas coloridos e energia positiva.
... E em trio, um encontro e uma festa – p’ra dois convidados.
Certezas, valores, delicadeza, boa vontade.
Tintas e telas a postos. Pintando o sete, o oito, o nove...
Pre, night, pos, Guanabara, cafe da manha no Gavea, praia! E ai sim, dormir...
Cama sem travesseiro, rabo-de-cavalo.
Vestido e chinelinho. E ta otimo!
Rio de Janeiro...
Casa.
Vida.

Olhar p’ra tras, lembrar de tudo isso e sentir orgulho.

Friday, August 17, 2007

Furacao – La fora, aqui dentro.

Acordei.

Na TV e no radio, nas bocas e nas rodas de conversa, um so assunto: um furacao se aproxima da ilha!

Um furacao daqueles, intenso, com forca destruidora.

Medo? Sim, eu senti medo.

Eu sinto medo.

Mas essa nao esta sendo a unica vez nao...

Eu senti medo quando eles se separaram, quando ficamos nos duas, pequenas e confusas, em meio a tudo... ou melhor, a nada.
Eu senti medo quando vi que ela tambem sofria por amor. Logo ela, meu exemplo, meu espelho.
Eu senti medo quando tive que encarar alguem que me fez sofrer, fez a familia sofrer. Eu tive que olhar no olho...
Eu senti medo quando ele se foi. Fez a curva e eu nao pude mais ver. Um dia a gente se ‘esbarra’ de novo, querido...

Eu senti medo quando percebi que talvez aquele fosse o ultimo beijo, o ultimo toque, suor, bocas.
Eu senti medo quando nao te vi mais, quando o elevador desceu, quando o corredor ficou vazio.
Eu e voce.

Eu sem voce...

Eu senti medo quando dei as costas, quando entrei no aviao.
Eu senti medo, muito medo, quando entrei, pela primeira vez, na MINHA casa. MINHA. Eu nunca tinha tido uma casa so MINHA...
Eu senti medo quando percebi que “Bom dia!” aqui nao funcionaria, so o “G’morning!”...

Eu senti medo quando percebi que deixei p'ra tras familia e amigos. Medo de nao voltar a ver, medo do distanciamento, da saudade.

Eu senti medo quando me senti sozinha. Completamente sozinha...

Medo. Sim, eu ja senti muito medo.

Maior do que o que o furacao trouxe hoje, muito maior do que divulgaram o Canal do Tempo e o Recursos Humanos da empresa.

Eu ja senti a forca de um furacao no peito.

E doi...

Tuesday, August 14, 2007

Ele...

... E mulher eh um bichinho complicado, admito!

Quando ele estava la, todinho p’ra ela, ela virava as costas, fazia pouco caso e chegava ate a falar mal!

Ela foi embora, desistiu daquele mundinho – e ele ficou p’ra tras.

Aaaah, mulheres!

Hoje ela esta longe, bem longe. Outro pais, outra casa, outros amigos, outro cotidiano, outra vida...

Ele ficou p’ra tras.

Mas, de repente, sem mais nem menos, ela lembrou dele. Precisava tanto dele agora, mas taaaaanto!

“E agora?”

E agora que voce resolveu trabalhar em casa – bitch! – nesse tal de “home office” e nao tem mais o queridinho Help Desk p’ra ligar nao!

“Ah, se eu tivesse uma maquina do tempo...”


Continho dedicado a LYLAS

;-)

Tuesday, July 17, 2007

Compatibilidade

Estive pensando: o que faz a gente ser compativel com outra pessoa?

Seria educacao? Cultura? Gosto musical? Habito alimentar? Mesmo grupo de amigos ou jeito de vestir?

Ele ama falar alto e eu odeio isso com toda a forca do meu ser: sera que ja nao deu certo, sem ao menos tentarmos encontrar um meio-termo!? Hmmm...

Eu tenho amor por Vogue, W, Cosmo... ele acha que eu gasto dinheiro a toa. – Eu nao posso querer relaxar na beira da piscina lendo sobre as futilidades da vida!? Hmmm...

Deus me livre ser igual ao outro, nao ter diferenca, nao poder enxergar atraves de outros olhos, outros pontos de vista! Quero mais eh que sejam muito diferentes de mim! Adoro quando a pergunta “Nao eh que eh mesmo!?! Hmmm...” aparece!

Amigos, amores... cada um trazendo uma novidade, um presentinho a cada dia. Seria essa diversidade uma riqueza? Eu acho que sim...

Ser compativel, ao meu ver, eh perceber a diferenca no outro porem respeita-la.
Respeita-la por amor, por admiracao, por – ate! – curiosidade.

Nao que eu va deixar moral e bons modos em casa e passar a admirar gente rouba a gente ou que come de boca aberta, por favor, nao eh isso!

Mas so acho que nao estamos aqui para mudarmos os outros. Podemos aprender tanto com o que nao nos eh comum...

Estive pensando...

Friday, June 15, 2007

Subject: Saudade x Crescer


Recebi um e-mail da minha melhor amiga com a seguinte frase “Acho que não é só a saudade que doi... o que doi mesmo é crescer...”.

Pensei tanto nessa frase que, por menor que seja, me fez viajar a lugares tao conhecidos: visitei colos que nem sei se vazios estao mais, abracei corpos que tao longe de mim ficaram. Senti o gosto do sorvete preferido, senti a areia daquela praia nos meus pés...

A gente cresce. E tudo passa tao rapido...

Mas, voltando a frase da minha amiga, ela tem razao: crescer eh dificil sim. E machuca...

Exige coragem, forca e um absurdo desprendimento do que eramos “antes” – e isso eh tao complicado...

A gente cresce quando viaja, a gente cresce quando ouve um cara mais velho falar – ou um mais novo mesmo.

A gente cresce quando observa, quando julga – e como a gente tem mania de julgar, Meu Deus! – quando cai e quando levanta.

A gente cresce quando ama, quando sonha e ate quando nos deixam p’ra tras...

A gente cresce quando a gente sofre.

Crescer exige escudo, armadura, reza forte. Nao se cresce sem medos, desafios, quebra-molas. Caminho livre e completamente florido nao ha!

Crescer exige planos, mas nada muito rigido, nada que nao possa ser mudado amanha, de repente, sem aviso previo do Destino, sem carta de despejo do Presente.

Acho que crescer nada mais eh do que adquirir responsabilidades e buscar.

Buscar ser mais feliz, ser melhor, mais saudavel.
Buscar antidoto contra o tempo, buscar nao esquecer o passado, as origens – manter principios e coracao puros.
Buscar uma testemunha p’ra nossa vida, aquela que vai contracenar com a gente da forma mais harmonica a cada cena do nosso filme.

Crescer nao eh simples.

Mas, talvez saber crescer com equilibrio e paz interior, certeza de que so se esta buscando o melhor p’ra si e para os que o rodeiam, seja o segredo...

Afinal, se fosse simples, que graca teria?

Thursday, June 14, 2007

A - minha! - definicao de "saudade".


Eu tenho, talvez ate em vao, tentado explicar aos “non-Brazilians” que me rodeiam o que a palavra ‘saudade’ significa.

Confesso que nao tem sido facil, os gringos nao entendem que uma palavra, ate pequena, possa conter tanto significado e, ao mesmo tempo, tanto ‘nada’, um 'nada' tao devastador...

Saudade.
Eu sinto isso.
E doi, acredite.

Saudade.
Ele foi embora...
O perfume sumiu da blusa e daquele outro travesseiro.
O telefone nao tocou mais.
Aquela musica so machuca o meu coracao – e haveria tortura mais cruel do que a musical?

Saudade.
O olho nao brilha, nao tem mais nada p’ra ver!
O ouvido nao se encanta mais com a tal voz ou com o som da porta se abrindo
.
O corpo sente falta e pede mais. Em vao...
O coracao nao dispara – ou dispara de tanta dor!

E doi...

Saudade.
A musica ja nao toca mais...
A luz? Ja acenderam ha tempos!

O papel do presente ficou pelo chao.
As mocinhas ja recolheram os copos, os pratinhos, acabou o brigadeiro.
A festa ja nao acontece ali... E nem aqui dentro.

Saudade.
O Cristo ja sumiu dentre as nuvens.
A aeromoca trouxe um cobertor.
... Antes fosse um abraco.
O mar, ja tao escuro, tao profundo...
Eu so vejo o mar agora.
O meu Rio ficou p’ra tras...

E isso doi...

Saudade.
Nao poder observar a reacao a cada opinao, palavra, silencio compartilhado.
Nao poder deitar ao lado, conversar sem ter outra ligacao esperando p’ra ser atendida ou bateria quase no limite...
Nao conseguir, por mais que seja grande a vontade, expressar tudo que se tem guardado, nao poder olhar nos olhos!
Ah, eu preciso tanto te ver...

E como isso doi!

Dor que eu sinto quando quero que a lembranca vire realidade. De novo.
Dor que eu sinto quando penso que poderia ter sido melhor: falar mais, ouvir mais, amar mais, doar mais.
Dor que eu sinto quando lembro de um momento bom – e um sorrisinho timido aparece no canto da boca...

Sera que so eu entendo “saudade”?


Nota: sentir saudade eh ate bom – significa que valeu, foi bonito e importante o suficiente p’ra ser guardado na vaga mais importante do nosso corpo - mas melhor ainda eh nao ter que explica-la p’ra ninguem.


Deixar esse sentimento la no Aurelio, quem quiser entender que o procure na letra S... aqui dentro nao!

Tuesday, June 12, 2007

Try Again.

“E la foi ela...
Foi tentar de novo, ver se dessa vez pode dar certo, nunca se sabe o que vem depois da curva, certo?

O tempo passou, ela mudou. E como!”

...

Nao adianta, o mundo gira, a lua aparece e desaparece, as pessoas mudam.

Por mais que juntas por 70 anos, elas mudam. No primeiro ano de casados, ambos tinham certas manias, gostos, jeitos. Anos depois, bodas e bodas after, o casal ja eh outro.

Cada individuo ja eh outro muito diferente daquele que, um dia, disse “sim” la naquele altar a partir do primeiro minuto de vida a dois, acredite...

E gracas a Deus!

Sem mudanca, nao ha desafio; sem desafio, p’ra onde vai a graca de toda historia!?

O ser humano precisa de desafio, precisa ser testado, manter-se acordado, up & running!

Eh como se passassemos todos os dias de nossas vidas numa cama, muito confortavel, tudo ao redor: TV, comida, cobertor.

Porem...

Se nao desafiamos o corpo, nao damos degraus p’ra subir, estradas p’ra caminhar, ele perde a forca, perde a vida, fica fraco, sem graca...

... Com o coracao acontece o mesmo, creio eu!

Preciso de degraus, barreiras – ou a luta contra as mesmas! – cada um ao seu tempo, mas parada eh que nao posso ficar!

Penso em todos os casamentos, namoros, ‘ajuntados’ que sobrevivem desde o “sim – bora!!!” ate hoje.

Acho que a convivencia diaria requer evolucao pessoal, conhecimento do outro e, acima de tudo, auto-conhecimento... Ate onde voce consegue se deixar levar? A partir de qual momento voce toma as redeas da situacao? O que voce deixa rolar? O que voce nao quer que role nem se numa ladeira?!

... E, se nao der certo, paciencia, acontece!

Que voce levante do tombo, cure as feridas e continue caminhando, buscando desafios p’ro seu coracao.

Afinal, de todas as coisas da vida, o que a gente leva – seja la p’ra onde for! – sao as lembrancas, as conquistas pessoais, os orgulhos – os autenticos e os gerados por uma re-conquista, um re-equilibrio, uma nova chance....

Afinal, cair e ser capaz de LEVANTAR, seja la quantas vezes, eh motivo de orgulho!

Ou voce prefere cair e ficar no chao?!

Wednesday, May 30, 2007

Pegacao...

Eu vou pegar uma caneta p'ra anotar o seu número.
Eu vou pegar o próximo vôo.
Eu vou pegar um copo d'água pra você.

Eu, brother? Eu vou pegar uma mulher!!! Duas, se bobear...

Ah, língua portuguesa, quanta flexibilidade!

O tempo passa e o nosso vocabulário muda, se expande, se transforma, ganha novos e riquíssimos significados, como este: pegar mulher.

Aliás, pega-se homem, também, e como!!! - por que homem pode e mulher nao, certo? ;-)

É natural ir p'ra night querendo se 'dar bem', conhecer gente nova, ter uma história engracada p'ra contar, um principio de, quem sabe, romance, uma ficada, duas ficadas, três ficadas, quatro ficadas... hmmm... Esquece, a partir daí já não acho natural coisa nenhuma! Que over!

Atualmente - ok, me chame de velha caquetica! - acho isso um desperdício de energia... pegar e ponto? Hmmm... acho que nao... tem que valer a pena, tem que ter aquela quimica, ne!

Pegar quatro caras. Pegar cinco meninas. A gente está falando de quê, de catadores de lixo?!
Parece...

Não se trata de caretice, mas de adequação.
Pegar, pega-se coisas. Não gente.
Coisas.
Bonecos infláveis, que podemos segurar, tocar, lamber e descartar 10 minutos depois.
Coisas.
Produção industrial, sentimento nenhum, envolvimento zero.
Coisas.
Objetos inanimados. Sem voz, sem idéias, sem vida.
Coisas.
Pegue-e-leve, pegue-e-largue, pegue-e-use, pegue-e-chute, pegue-e-conte-para-os-amigos-depois?!? Fala serio...

Pegar, cá p'ra nós, é um verbo MUUUUUITO cafajeste.

Tudo bem experimentar sensações diversas, conhecer de tudo, exercitar a sexualidade, mas em vez de "pegar", poderíamos empregar algum outro verbo menos frio e automático.

Porque, quando duas bocas se tocam, nada é assim tão frio e automático, na maioria das vezes a naturalidade é forçada, é a turma que dita as regras e exige que todos se comportem igual, então vão todos para a balada fingindo que deixaram o coração em casa, mas deixaram nada.

Deixaram a personalidade em casa, isso sim!

Mas o que uma pessoa parecendo uma 'tia' como eu pode fazer contra o avanço (avanço?!?) dos costumes e a vulgarização do vocabulário?

Sou muito mais restringir a pegacao a uma carona, um avião, uma gripe...

Tuesday, April 10, 2007

bonitinho...

Então tá combinado, é quase nada.
É tudo somente sexo e amizade.

Não tem nenhum engano nem mistério.
É tudo só brincadeira e verdade.
Podemos ver o mundo juntos,
Seremos dois e seremos muitos!

Estaremos sós sem estarmos sós.
Abriremos a cabeça
Para que afinal floresça
O mais que humano em nós!

Então tá tudo dito e é tão bonito!

E eu acredito num claro futuro de música, ternura e aventura
P'ro equilibrista em cima do muro...

Mas e se o amor pra nós chegar,
De nós, de algum lugar
Com todo o seu tenebroso esplendor?

Mas e se o amor já está,
Se há muito tempo que chegou
E só nos enganou?

Então não fale nada, apague a estrada
Que seu caminhar já desenhou

Porque toda razão, toda palavra
Vale nada quando chega o amor...

Friday, March 09, 2007

normalzinha...

... se eu me acho normal?
depois dessa semana, ja nao sei mais...
1. meu carro foi apreendido - e, felizmente, logo resgatado! - porque estacionei numa yellow-f#cking-line;
2. no mesmo dia, bati numa BMW - sem grandes danos, ufa! - enquanto dava reh, saindo da academia... tava cansada, mereco um desconto! hahaha...
3. durante TO-DA a semana tropecei incontaveis vezes... inclusive na frente de quem eu menos deveria... enfim, isso ja eh normal...
4. deixei uma xicara interiiiinha de cha verde - quente! - que tomo de manha cair no blazer bege que ia usar numa reuniao a tarde... deve ter sido o meu 'inconsciente'... eita cha horrivel!
e ainda percebi que...
1. trouxe to-dos os meus amados pares de sapatos para a Jama - pois eh, p'ra la de 70...
2. nao consigo dormir sem fazer umas palavras cruzadas...
3. nao sei trabalhar tranquila sabendo que esqueci de jogar o lixo fora - blergh!
4. nao faco a menor questao de sair todos os dias de um final de semana...
ah, fofa, vai...
... ou vai me dizer que voce nao tem umas estranhezas super normais?!
;-)

Thursday, March 01, 2007

updating...

“Longe de casa, há–MUITO–mais de uma semana...
Milhas e milhas distante doS meuS amorES...”

Longe de casa sim, mas aprendendo a enxergar o mundo com um novo olhar.
Tem sido bom p’ra pensar, tem sido bom p’ra inspirar, tem sido bom p’ra valorizar tudo e TODOS que ficaram lááááá longe.
E “lá” longe também e “lá” longe também...

Longe de casa e longe dos usuais cuidados e mordomias.
Longe das comidinhas da mamãe, vovo e cia.
Longe das amigas que moram “logo ali”, dos amigos “acordei agora, vamos a praia?”.
Longe dos meus amores. De todos eles...

Fácil, devo confessar, não é.
Mas tambem não é impossivel, não!
É rico, é “priceless”, como diria o outro!

Cair na real e notar que se eu não lembrar das “contas a pagar”, a luz e a água não vão continuar a funcionar, como num passe de mágica.
Cair na real e ver, por exemplo, que “putz!, acabou a pasta de dente!”, e ter que sair correndo p’ra renovar os estoques da casa faz parte do meu cotidiano sim!

Cair na real e ver que aquele abraço, aquela voz que amaciam tanto um dia cheio de trabalho ficaram p’ra trás e que agora, força, muito força interna mesmo, é o que eu mais preciso.

É, no final do dia, crescimento, amadurecimento, creio eu...

E, p’ra ser muito sincera, é felicidade!

Felicidade por ter a certeza de que eu consigo, de que vou conseguir sempre, depende de mim, dos meus pensamentos – da qualidade de cada um deles.

Felicidade por “tocar o barco” sem tempestade, onda grande p’ra atrapalhar...

Felicidade!!!


Wednesday, February 28, 2007

Saturday, January 20, 2007

:: Insomnia ::

Ta dificil dormir hoje.
Palavras, pessoas, saudades.
Imagens, promessas, momentos.
Tao dificil dormir com tanta gente aqui... aqui dentro.
Corri demais.
Ai, mas que saco esse negocio de distancia, hein?
O mundo eh plano ou nao eh, Friedman?
Bom, muito bom. Cada vez mais admiro Jazz.
"I've got yoooou..."
Acho melhor para de ouvir musica, nao vou dormir nunca!
Mas dormir p'ra que?
Odeio dormir, perda de tempo!
Comprei blueberries! Antioxidante...
'To com sindrome dos 24 anos, se eh que isso existe.
E da-lhe creme!
Ate p'ra atras da orelha, se duvidar eu tenho!
Frescura, admito.
Rio, Rio, Rio... quanta saudade!
Acho que aqui, na tonga da mironga, passei a dar mais valor.
Nao so ao Rio, mas a familia, aos amigos.
"Ser humano", como diria o Le, "eh fod@!".
So da valor ao perder...
Vivendo e aprendendo, definitivamente.
Sono? Iiih.. acho que isso eh o que chamamos de sono...
Ah, nao... nao quero...
ok, Corpo, ok... voce venceu.
Ate amanha...

Sunday, January 14, 2007

verdade.

“Há quem diga que todas as noites são de sonhos.
Mas há também quem garanta que nem todas, só as de verão.
Mas no fundo isso não tem importância.

O que interessa mesmo não são as noites em si, são os sonhos.
Sonhos que o homem sonha sempre.

Em todos os lugares.
Em todos as épocas do ano.
Dormindo ou acordado."

Shakespeare

Tuesday, January 02, 2007

FELIZ!

Saber ou não saber: eis a questão.

Saber.

Saber de tudo.

Identificar com facilidade dos mestres do Jazz à poesia encantada de Pessoa; entender um carioca e um romano como se ambos fossem oriundos Estados vizinhos de um só país.

Saber e continuar querendo saber.

Conhecer olhares, reações, fórmulas fantásticas, ervas medicinais.
Valorizar pequenos gestos, achar que aquilo é conseqüência daquilo outro, ou melhor, ter certeza, afinal, você sabe de tudo.

Históra, Artes, Matemática.
Designers renomados, chefs 'ulalá!', viajar o mundo.
Culturalmente voce pode ser di-vi-no.

Enfim, saber porque o ceu é azul e o sol é quente; saber 'brincar' na NYSE e ainda ganhar um dinheirinho com isso, saber como chegar mais rápido em São Conrado - Niemeyer ou túnel afinal?
É muito bom saber o que fazer para agradar o seu chefe ou o seu pai.
Ou, até mesmo, a tal da sogra...
Saber.
Saber tudo, o máximo possível.
Sempre.

Excelente.

Ok, devo admitir que parei para pensar sobre esse 'saber generalizado' e quero levantar uma questão para 2007: o 'não-saber', o 'deixa rolar', o 'veremos', o 'ih, vou ter que ver...'.

Qual é a graça de saber tudo sempre, viver sem esperar o novo, o desconhecido?!

Ah, francamente...

Saber que morar naquela ilha é dificil p'ra chuchu, mas que de 6 em 6 meses - máx! - eu volto e tudo vai estar igualzinho.

Saber que o amor da minha vida - segundo o pensamento popular, logicamente. - é p'ra sempre e que ele deve, TEM QUE, aparecer antes de eu completar os balzacos anos (leia-se 30 - calafriiiiios! brrrr...).

Saber que eu, do alto dos meus 20 e poucos anos, devo estudar mais e mais, absorver o máximo agora porque depois as coisas 'ficarão' mais difíceis.

Que sem graca essa coisa de saber de tudo!

E se eu não quiser saber de nada, me fizer de 'bobinha', e sair por aí vivendo e ponto?!
E se eu quiser simplesmente fechar os olhos que - pensam que - veêm o futuro e viver o dia de hoje, sem ter a certeza de que amanhã vou acordar aqui?
E se eu esquecer que 'preciso' achar o amor-da-minha-vida logo, correndo, ASAP!, e deixar o destino me apresentar o tal sujeito no meio de um boteco, reunião ou fila p'ro check-in?

E daí?!?

Amo ler, sou viciada em livrinhos, livrões, coletâneas de bolso, revista de fofoca, jornal, caderno A, cadernos B e C, whatever!
No desespero, leio de bula de remédio a embalagem de shampoo.
Eternas buscas: saber p'ra que serve, o que foi, o que é, o que será.

.. tem hora que isso cansa, sabia?

Há momentos que o botão do 'not knowing' funciona bem melhor, traz uma reação que, querendo ou não, eu a-d-o-r-o!

E esse adorar pode ser descobrir como o Império Romano foi p'ras cucuias, pode ser o inesperado encontro com um amigo que mora longe, no meio de uma livraria no Leblon ou naquela confusão do BG, pode ser o tal do amor-da-minha-blá-blá-blá que resolveu dar as caras assim, plin!, de repente...

Pode ser tanta coisa, Meu Deus!

E pode ser tão mais divertido quando a gente não espera, não fica especulando...

Enfim, concordando comigo ou não, você há de concluir que hoje é o seu tempo, aqui e agora.
Saindo da frente desse computador a sua vida vai mudar, ou melhor, você já pode ter lido um e-mail revelador ou um recadinho que deu frio na barriga - adoro!!!

É a vida girando... e você ainda vai parar p'ra pensar no que pode vir por aí daqui ha meia hora?!

Deixa rolar, oras!

E 2007 vai SUPERAR o irmão 2006. Garanto! ;-)

Sorte!