Thursday, January 27, 2005

Presente...

Estive pensando muito sobre o que sou hoje, o que quero ser amanhã... Como toda virginiana, sou sim preocupada com o futuro, se vai tudo bem, seguindo seu caminho certinho...

Penso que tenho medo de que o tempo passe e eu não agarre com toda a força as oportunidades que a mim são dadas. Não quero privar meus interesses em detrimento de alegrias de terceiros.

Achei um texto muito bonito, que define perfeitamente o que eu sinto... Vale a pena ler...


A IDADE DE SER FELIZ

Existe somente uma idade para a gente ser feliz, somente uma época na vida de cada pessoa em que é possível sonhar e fazer planos e ter energia bastante para realizá-los a despeito de todas as dificuldades e obstáculos.

Uma só idade para a gente se encantar com a vida e viver apaixonadamente e desfrutar tudo com toda intensidade sem medo nem culpa de sentir prazer.

Fase dourada em que a gente pode criar e recriar a vida à nossa própria imagem e semelhança e vestir-se com todas as cores e experimentar todos os sabores e entregar-se a todos os amores sem preconceito nem pudor.

Tempo de entusiasmo e coragem em que todo desafio é mais um convite à luta que a gente enfrenta com toda disposição de tentar algo NOVO, de NOVO e de NOVO, e quantas vezes for preciso.

Essa idade tão fugaz na vida da gente chama-se PRESENTE e tem a duração do instante que passa.

( Mário Quintana)

Wednesday, January 26, 2005

Martha Medeiros - 23/01/2005

Luz, câmera e outro tipo de ação

EXISTEM FILMES DE AÇÃO COM tiroteios, velocidade, cenas multipicotadas, sustos, finais bombásticos, superproduções. De vez em quando, muito de vez em quando, até gosto. Mas os filmes de ação que estão entre meus preferidos são aqueles que, aparentemente, não têm ação nenhuma.

Os filmes do Woody Allen, por exemplo. Nada de cenários idílicos, megaorçamentos ou femmes fatales. Os personagens são pessoas frágeis, ternas, neuróticas e românticas, como muitos seres humanos que cruzam conosco nas ruas. Todos comem e bebem o mesmo que nós e moram em apartamentos de verdade, quase dá para sentir a calefação e o cheiro do café vindo da cozinha. Os sentimentos da platéia não são manipulados: não há a hora do medo, a hora do suspense, a hora do alívio. Seus filmes deslizam sem chegar a clímax algum — e, ainda assim, tanta coisa acontece.

Foi mais ou menos isso que senti vendo “Antes do pôr-do-sol”, filme que dá continuidade ao “Antes do amanhecer” e que comento com atraso. O filme é um blablablá ininterrupto entre um casal que caminha por Paris e discute a vida e a relação. Filme cabeça ou filme chato, rotule você. Mas não diga que não é um filme de ação. Medo, suspense, aflição, expectativa: diálogos também provocam tudo isso. Como não sentir-se especialmente tocado por uma jovem mulher que admite ter perdido a ilusão do amor e que passou a viver blindada, refratária a qualquer nova relação?

Como não sentir-se mexido quando um homem admite que casou porque todos casam, que passa 24 horas por dia infeliz e que a única coisa que lhe justifica a vida é o filho de quatro anos? O que pode ser mais mirabolante, impactante, desestabilizante, emocionante do que ver duas frágeis criaturas, um homem e uma mulher predestinados um ao outro, enfrentando a crueza da distância física e do tempo, e a irrealização de seus sonhos? Não se costuma catalogar estas pequenas crises existenciais como filmes de ação, mas elas me prendem na cadeira como nem uma dezena de “Matrix” conseguiria.

Luz, câmera, ação: e então filma-se o silêncio entre um homem e uma mulher que não se vêem há nove anos, e então filmam-se todas as dúvidas sobre se devem se tocar ou não, se beijar ou não. Então filma-se o papo inicial, cauteloso, até que chega a hora da explosão, dos desabafos, das acusações e do quase-choro. Então filma-se o que poderia ter sido — especulações — e o que será daqui por diante — especulações também.

E se o que faz o amor sobreviver for justamente a falta de convivência e rotina? Quem apostaria num amor apenas idealizado? E se a nossa intuição for mesmo a melhor conselheira e não merece ser desprezada? E se nossas lembranças nos traírem? E se casamento nenhum for mais importante do que um único encontro?

O cinema pode colocar pessoas desafiando a gravidade, cortando o pescoço uns dos outros, fazendo o tempo andar pra trás, e eu não me emocionarei nem ficarei perplexa, mas me dê um pouco de realidade e isso me arrebata.

Tuesday, January 18, 2005

dia-a-dia...

hoje é um dia como outro qualquer. acordei cedo, fui à academia, vim p'ro trabalho...

a questão é que hoje tomei uma decisão importante que, por mais que não dê certo, foi importante p'ra mim. sinto que tive coragem e isso foi o suficiente!!! tô feliz!!! preciso aprender a tomar mais iniciativas!

bom, tirando esse fato, tô empolgada com o níver do Pedro chegando, o primeiro níver dele que vamos passar juntos!!! mil idéias, surpresinhas!!! adoro!!! acho que, finalmente, vamos no Zazá... fofos!

e, falando em festa, hoje é aniversário de um mega-ultra-hiper-plus amigo meu, o Borg. amigo e companheiro como poucos, carinhoso e engraçado! ah! namora uma das minhas melhores amigas, a Mi! enfim, perfect! sou a madrinha de casamento no. 1, ouviram?! rsrsrsrs...

Borg, megaaaaaa parabéns e TODA a felicidade desse mundo! você só merece o melhor!

ah! fato mais que importante também: tenho minha melhor amiga de volta!!! fala sério, que início de ano bom! pri, love u!

e é assim que tô começando o dia, vamos com tudo!!!!

beijos a todos!


Wednesday, January 12, 2005

amizade x tempo

tô triste.

tô triste porque tô vendo que as amizades podem diminuir com o tempo, até mesmo acabar.

sem citar nomes, vou contar uma historinha...

tenho uma amiga. ou melhor, não sei se ainda tenho... digamos então que ainda tenho.

éramos amigas daquele tipo que nada nem ninguém separa, uma ao lado da outra sempre, chorando e rindo.

nos divertíamos muito e sempre, não tinha tempo ruim, sabíamos que uma estaria sempre pronta para ouvir a outra.

com o tempo e com as mudanças naturais que a vida traz, um namoro que termina/ começa ali, uma nova rotina aqui, uma nova pessoa que entra em nossas vidas, as coisas começaram a tomar outro rumo, talvez outro significado em nossos corações.

parece mesmo que fomos sendo separadas, que não soubemos lidar com as mudanças. acho que erramos, já conversamos sobre isso, mas não veja a vida voltando ao normal...

vejo sim distanciamento e insensibilidade. estou triste comigo, estou triste com ela.

o que foi que houve? eu não entendo!

a palavra "amiga" na minha concepção significa estar junto incondicionalmente, mesmo quando se discorda de certas atitudes do outro. é brigar sim, dar bronca e tudo, mas saber sempre que no final das contas, tudo isso foi só para o bem do outro.