Monday, October 22, 2007

Domingo.

Eu gosto de estar sozinha, quieta.
Sempre aproveitei esse tempo p’ra ler besteira e coisa seria, rever pensamentos, revisitar as memorias mais (in)validas, sentir saudades, pensar nas pessoas que estao la – que estao ai... - olhar p’ro teto, fazer nada ou fazer tudo, arrumar gaveta, me emocionar com bilhetinho velho, cartao de amor que acabou (amor acaba?) e por ai vai...

Eu nunca imaginei que um colo faria tanta falta, eu nunca imaginei que precisaria tanto d’um colo p’ra chorar, questionar, relaxar ou sorrir.

E logo eu, que sempre me senti tao auto-suficiente desde que o destino me levou p’ra longe...

E agora, quando eu fico sozinha, eh so nesse colo que eu penso, os dias ficam vazios – mesmo que com um milhao de emails a espera de resposta, mesmo que o barulho no escritorio seja insuportavel.
E quando eu vou dormir sinto que algo ficou faltando durante aquele dia.
Alguem...

Era ele, o dono do colo, era ele.

Ele que nao esta onde deveria estar, ele que nao desarrumou aquele outro lado da cama, que nao desfez a ordem das trezentas almofadas do sofa.
Ele que acordou no meio da noite, me acordou no meio da noite...
Ele que trouxe uma florzinha arrancada do meu proprio jardim e fez meu coracao derreter.
Ele que nao roubou o controle ja tao acostumado com a minha mao, que sem graca!
Ele que sentiu que era de verdade, que encontrei por “acaso” e que fez meu coracao disparar.
Ele que escreve e fala e fala e escreve e nao conclui pensamento nenhum...
Ele que eu quero tanto.

Domingo foi dia de pensar.
(E como eu odeio Domingos!)

Nao da p’ra entender, nem eu mesma vejo sentido.

Logo eu, que sempre gostei tanto de ficar sozinha...

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