Wednesday, March 08, 2006

O que tem que ser... será!

No Carnaval vários casais brigam por besteira, ciúmes sempre tão infundados. Eu mesma presenciei discussões que, ufa!, cansam e só servem p’ra desgastar a relação que, ao contrário do Carnaval, deverá – ou deveria! – seguir pelo resto do ano todo.

Esse comportamento pode até(!!!) ser considerado se você começar a pensar que em toda e qualquer esquina há mulheres ávidas por um beijo que, mesmo sendo brincadeiras de verão, podem abalar as estruturas dos mais sólidos relacionamentos.

Mas, fazer o quê? Elas estarão em todos os lugares: TV, jornais, revistas... corpos incríveis, rostos esculpidos pelos Deuses do Olimpo! Sem falar ao vivo – nos desfiles, festas, blocas ou camarotes. E sem falar ainda no mais misterioso de todos os lugares: o imaginário dele!

É lógico que isso tudo vai potencializar aquela incômoda sensação de estar sendo enganada de alguma forma, aquele sentimento que tira o ar da gente, que faz a cabeça ferver e não deixa ninguém pensa direito: o ciúme!

Então, se você é daquelas poucas que não surtam com as tentações que cercam seu amor nessa época, parabéns, venero-a.

Mas foi pensando na que costuma sofrer – e fazer sofrer, o que é 3 mil vezes pior! – que escrevi isso... e olha que falo com a propriedade e a experiência de quem já esteve de ambos os lados!

Pelo que já vivenciei, penso que sentir ciúmes é sentir medo. Um medo muitas vezes inútil, mas que acontece sem a gente ter muito controle. É não acreditar no nosso potencial, admitir que a “concorrência” é muito melhor do que a gente.
É, antes de tudo, um indício fortíssimo de baixa auto-estima.

Sentir ciúmes também é querer controlar o outro – como se fôssemos conseguir prender alguém! – e controlar os eventos à nossa volta – como se eles não fosse regidos pela incerteza e destino fosse algo inexistente!

É sofrer da ansiedade de querer antecipar tudo, geralmente morrendo de véspera com a certeza de que todas as possiblidades ruins vão mesmo se concretizar e também é transformar as pessoas em “coisas” conquistadas, prêmios que só nós merecemos, ninguém mais: aquele cara é só seu, sem importar se você está feliz com ele e muito menos, se ele ainda é feliz com você!

No entanto...

Se o seu amor está apaixonado por você, não tem jeito, ele é seu, só seu!
Comemore, ame, ame, ame!
Ame-o muito, seja leve, prazerosa, sorria!!!

Quando as energias vibram juntas, os olhares se encaixam com perfeição e corpos idem, significa que nada poderia estar mais protegido do que o seu relacionamento.

Mesmo que ele trabalhe ao lado de uma mulher estonteante ou malhe com aquela menina que você surta só de escutar o nome, nada de ruim acontecerá, relax!, ele é seu simplesmente por você ser tudo que ele quer na vida!

Só o seu beijo e o seu colo serão confortantes e estimulantes suficientemente.
Ele vai sair, jogar bola às quartas com amigos e ainda assim, vai ligar quando chegar em casa.
Admirará você por sua força e forma de lidar com a vida.
Vai ter amigas, um milhão delas, e mesmo assim só admirará o seu jeitinho, o seu perfume.
E tem coisa melhor do que isso?!

Mas, como tudo na vida, há o outro lado...

Vai que o sujeito não está realmente apaixonado!
Neste caso não há nada que possamos fazer além de deixá-lo seguir sua vida. Não vai adiantar vigiá-lo, mandar cartas e cartas, ser mulher fatal ou santa: ele vai dar um jeito de ser feliz noutro lugar porque seu coração não pertence a você, honey.

Mesmo que ele não consiga pular a cerca, é de se perguntar por que você insistiria em manter uma relação que é falsa, frááágil e que não resiste ao primeiro e mais boboca estímulo externo.

Quando não há mais a mesma sintonia p’ra que perder tempo segurando ao seu lado alguém que não a ama de verdade? Aqui talvez resida uma humilhação maior do que a traição flagrada – investir numa parceria vazia por medo de não conseguir conquistar outra melhor com uma nova pessoa.
A palavra é “parceria”, ou seja, implícitos estão a cumplicidade, um carinho imenso, admiração e demais sentimentos que, se escapam dessa bolsinha tão preciosa no bom andamento de um amor de verdade, puuuuf!, vai tudo p'ro espaço...

O risco, portanto, não está no Carnaval ou em qualquer outra data similar. Está, sim, no tipo de relação que você construiu.

Meu conselho é “ser leve” afinal, o que tiver que ser, será.

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