(Antes que alguém venha me cobrar royalties, sim, o título é um plágio a um texto dos meninos dos Tribuneiros que, aliás, recomendo a leitura. Bom demais!)
Fui numa rave no sábado. Na verdade não foi rave de verdade, mas ia ficar ridículo se eu escrevesse “festa-de-música-eletrônica” no título.
Bom, o fato é que assisti ao show, interessante, dancei bastante e me diverti, não fosse a deprimente constatação que cheguei no final do evento: a minha geração é muito, muito fraca.
Vou explicar...
O cara é o melhor DJ do mundo – ao menos, foi o disseram quando comprei o ingresso. O lugar, mais lindo impossível: a Marina da Glória >> Que vista, que lua!
As pessoas foram assistir um show, dançar, quem sabe até, dar uns beijos. Tranquilo até agora, não? Aí é que tá... tranquilo demais! Não basta estar com amigos, não basta a música ser muito boa, não basta o nosso Rio de Janeiro no verão... numa boa, quem disser que a gente não teve sorte por ter nascido aqui é louco!
O que vi foi uma galera tão addicted, daquelas que precisa de um bando de bolinhas, coisa que abomino, p’ra dançar mais, aproveitar mais, sentir mais... Credo! P’ra quê isso?! O que vi de gente pulando sem parar, dançando sem parar, cheirando Vick-Vaporub sem parar... Coitados, seus corações vão parar tão cedo...
Não tô rogando praga, querendo ser macabra, jogando maldição, enfim, o ponto é que não vejo porque precisar disso p’ra ser feliz! P’ra quê tanto vício? Porque eu, desculpem-me os mais modernos, só entendo isso como um vício. A pessoa nunca deve ter curtido uma noite sem uma bolinha daquelas, não é possível... é tão bom voltar p’ra casa “limpa”, sem dor de cabeça, sem enjoo, sem nada, somente feliz por ter vivido aqueles momentos...
Enfim, não quero dar uma de “U-hu, sou a mais certinha do mundo”, não é isso.
Só não quero acabar com a minha vida, única e preciosa, p’ra endoidar numa noite e depois voltar p’ra casa quase “parindo um besouro”, como diria a Fau, com gosto ruim na boa, um vazio no peito. Tô fora.
Tanta coisa boa p’ra se viciar: praia, beijo na boca, fazer o bem, chocolate! P’ra que vou querer um treco que me dá palpitação, leva a pobre da pressão arterial lá nas cucuias, resseca minha boca, dilata as pupilas, muda meu humor!? Iiiih... tô forassa...
Fui numa rave no sábado. Na verdade não foi rave de verdade, mas ia ficar ridículo se eu escrevesse “festa-de-música-eletrônica” no título.
Bom, o fato é que assisti ao show, interessante, dancei bastante e me diverti, não fosse a deprimente constatação que cheguei no final do evento: a minha geração é muito, muito fraca.
Vou explicar...
O cara é o melhor DJ do mundo – ao menos, foi o disseram quando comprei o ingresso. O lugar, mais lindo impossível: a Marina da Glória >> Que vista, que lua!
As pessoas foram assistir um show, dançar, quem sabe até, dar uns beijos. Tranquilo até agora, não? Aí é que tá... tranquilo demais! Não basta estar com amigos, não basta a música ser muito boa, não basta o nosso Rio de Janeiro no verão... numa boa, quem disser que a gente não teve sorte por ter nascido aqui é louco!
O que vi foi uma galera tão addicted, daquelas que precisa de um bando de bolinhas, coisa que abomino, p’ra dançar mais, aproveitar mais, sentir mais... Credo! P’ra quê isso?! O que vi de gente pulando sem parar, dançando sem parar, cheirando Vick-Vaporub sem parar... Coitados, seus corações vão parar tão cedo...
Não tô rogando praga, querendo ser macabra, jogando maldição, enfim, o ponto é que não vejo porque precisar disso p’ra ser feliz! P’ra quê tanto vício? Porque eu, desculpem-me os mais modernos, só entendo isso como um vício. A pessoa nunca deve ter curtido uma noite sem uma bolinha daquelas, não é possível... é tão bom voltar p’ra casa “limpa”, sem dor de cabeça, sem enjoo, sem nada, somente feliz por ter vivido aqueles momentos...
Enfim, não quero dar uma de “U-hu, sou a mais certinha do mundo”, não é isso.
Só não quero acabar com a minha vida, única e preciosa, p’ra endoidar numa noite e depois voltar p’ra casa quase “parindo um besouro”, como diria a Fau, com gosto ruim na boa, um vazio no peito. Tô fora.
Tanta coisa boa p’ra se viciar: praia, beijo na boca, fazer o bem, chocolate! P’ra que vou querer um treco que me dá palpitação, leva a pobre da pressão arterial lá nas cucuias, resseca minha boca, dilata as pupilas, muda meu humor!? Iiiih... tô forassa...
3 comments:
Concordo com vc. Não há justificativa para o uso dessas bolinhas abomináveis e/ou qualquer "produto" que proporcione efeitos semelhantes. É deprimente ver jovens saudáveis acabando com a saúde para "entrar na moda"...pq a maioria é realmente p/ mostrar que bota p/ fu (desculpe o termo). A felicidade está nas coisas mais simples da vida e talvez mto mais fáceis de se conseguir. Mais baratas. Que são um barato. Uma salva de palmas p/ vc, texto show de bola!
...direto da bahia!
Beijinhos
!!!!
Nossa tb tô forassaaaa dessas coisas!
Esssa nossa geração realmente é mto fraca! Pessoas cada vez mais superficiais q precisam de artifícios pra ser feliz!
Ser feliz é tão simples...
Pra q complicar, pra q se drogar...????
É deprimente saber q alg só sabe se divertir se tiver tomado "bala", cheirado lança, ou seja lá o q for...
Excelente texto! Prarabéns!
Bju
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