Monday, June 13, 2005

reencontros.

Hoje fui almoçar com duas amigas. “Relacionamentos amorosos” foi o tema principal.

Nós três falando de reencontros, de relacionamentos que um dia foram intensos e que hoje, além de belas lembranças, são possíveis voltas, recaídas ou algo do genero.

Ontem, no finalzão do dia, ou melhor, da noite, eu, ainda sem sono e chegando da minha “comemoração pelo ensolarado domingo” - não faz sentido algum eu escrever “comemoração pelo Dia dos Namorados”, certo? – fui assistir a um filme que estava lá em casa.

Era “Antes do Pôr-do-Sol”.

Sei que alguns devem achá-lo lento, monótono, mas eu não: acho lindo e acredito em sua mensagem.

O reencontro de um casal que não se via há anos, após uma mal-sucedida promessa, é mostrado com tamanha delicadeza que, ao mesmo tempo que eu VIA o filme, comecei a REVER muitos momentos da vida nos quais fatalmente fui me identificando.

Eu senti que eu estava construindo um filme paralelo ao que via na televisão, me colocando no lugar da Celine, buscando o meu Jesse e percebendo que o tempo passa rápido demais e como deixamos de lado pessoas/histórias importantes demais por besteira, vergonha, falta de tempo ou coisa que o valha.

Histórias de recaídas como essa fazem parte da vida de todos que amam ou já amaram e é exatamente por isso que o filme faz cair uma lagriminha aqui, dá um nó na garganta ali e dá-lhe suspirar p’ra todos os lados! Ai, ai...

Bom, tanto o filme de ontem quanto as histórias que compartilhei com as minhas amigas hoje terminaram deixando no ar um suspense, uma pergunta que tenho certeza que todo o mundo que se separou de um amor se fez: “será que esse era o meu grande amor?”

Fato que falar de reencontro, de rever alguém que marcou profundamente nossas vidas nunca é fácil, ainda mais quando isso não acontece e você nem sabe explicar o porquê.

Vejo esse "reencontrar alguém" como ganhar mais uma chance.

Além disso, acredito sim no destino! Ninguém reencontra ninguém por acaso! “Será que isso não é óbvio?”, me pergunto. Não, não é mesmo. Dependendo do final dos nossos “filmes” do passado, pode ficar muito difícil acreditar que pode dar certo again, que pode ser de verdade dessa vez, que pode ser bom e duradouro.

Algumas pessoas podem mesmo achar que “figurinha repetida não completa álbum”, mas a verdade é que, enquanto a relação não se esgota, a recaída pode ser muito mais que uma noite juntos, uma dança, um olhar. As pessoas têm a chance de se redescobrir, perceber o que deu errado e, principalmente, se unir para reciclar sentimentos e apagar mágoas.

Sem dúvida alguma, sem pé atrás, sem pensar em prós e contras, um coisa eu digo: a melhor parte do rever é olhar para o outro e sentir que o sentimento ainda está todo lá!

Mas, peraí! Que isso?! Se o sentimento ainda está todo “lá”, por que não tentar? Sair correndo p’ro abraço como se fosse o primeiro, beijar sem pressa, observar o outro como se tudo fosse eterno, sentir calor, cheiro, pele...

Eu sou sempre a favor da conversa, da tentativa, da declaração, nem que sejam as últimas nem que sejam só p’ra aliviar um coração apertado de dúvidas.

Penso - pode até ser coisa de menina boba! - que o amor aparece p’ra gente de diversas formas o tempo todo, mas como diz Arthur da Távola em uma de suas crônicas, “ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é” e por isso acredito sim(!!!) em reencontros de verdade.

2 comments:

Iki de FeniX said...

caramba! depois de uma noite nostalgica encontrei teu blog e adorei o que tu escrevesse muito bom mesmo..!!
i'm following you!

Anonymous said...

Olá,
Vou me identificar como SIRENA.
Estou vivendo uma historia de filme que às vezes creio mais que é um carma que tenho de vencer para poder meu espírito evoluir.
Minha historia começa com meu primeiro amor, um namoro que começou de criança, por olhares, por toque nas mãos, até chegar o primeiro beijo e por conta de só nos encontrarmos em espaço fechado, isso porque tínhamos de esconder de meus pais que não me permitiam namorar, muito cedo, nos entregamos um ao outro, ele com 15 anos, eu com 13. Era uma relação conturbada, terminávamos e voltávamos a todo tempo, traições eram muitas da parte dele. Sentia que ele me amava, mas não conseguia entender porque tinha de andar atrás de outras...nesse impasse namoramos por 6 anos...até que meus pais descobriram que eu não era virgem e nos “obrigaram a casar”, aí a coisa descambou de vez...não chegamos a viver juntos, e não agüentava mais ser traída, um belo dia o vi com a sua atual esposa, e decidi por fim a minha espera, exigi que ele tomasse uma decisão, ele calado tava calado ficou. Então tomei eu a decisão, e SAÍ, bati em retirada, busquei alguém para diminuir minha dor, namorei 3 meses com um companheiro da escola, mas logo vieram as férias e nunca mais nos vimos. Passei + de ano sofrendo por esse amor inalcançável. Resolvi dar uma chance a outra pessoa da mesma cidade que nós, e deu muito certo, vivemos felizes por 10 anos, tivemos um filho maravilhoso, até que um acidente o levou de mim. Entrei em depressão, o amava muito, era minha vida, e um futuro maravilhoso foi arrebatado pelo destino. Fiquei 7 anos sozinha, não queria mais ninguém, meu coração dormido não queria acordar, sentia um grande vazio e não conseguia me dar outra oportunidade, alguma coisa me fechava para isso. Até que de repente, recebo um email de meu ex, aquele primeiro amor e primeiro homem, levei um susto e me senti balançada. Mas, pensei e respondi pra ele, que hoje está casado com aquela mesma mulher, que na época já tinha sido casada, e tinha duas filhas, hoje tem um filho de 12 anos com ele. Que não iria fazer com a mulher dele, o que eles fizeram comigo no passado, mas sinto que estou muito envolvida por ele, faz 3 meses que nos falamos por telefone todos os dias, eu não consigo por um ponto final nisso, mesmo buscando na razão me sinto amarrada emocionalmente, sinto que ele está louco por mim...mas sinceramente não sei o que fazer  nem sei como fugir disso...