Wednesday, February 01, 2006

Meia-noite, horário de Brasília.

Dia desses...

Acordei mais cedo do que o usual porque ia p’ra Brasília.

1. Tomei um banho corrido e, com isso, quase cai dentro boxe de tanto sono.
2. O táxi que ia me levar p’ro aeroporto atrasou, óbvio que isso ia acontecer!
3. Meu secador cismou em pifar e minha franja ficou meio lá, meio cá... enfim...

Resumo da ópera: mal humor!

Bom, o táxi chegou. O motorista ouvia algo tipo Banda Calypso, Os Morenos ou Acústico É o Tchan!... Dá p'ra sentir o drama, né?

Finalmente, depois de um pequeno engarrafamento por causa de alguma carreta - ah, doces carretas! sempre elas! - na Avenida Brasil, cheguei ao Galeão.

Vai dar tempo! Vai dar tempo!”. Esse era o meu mantra.

Fiz o check-in: só tinha corredor. Na boa, eu não suporto sentar no corredor, fico sempre com medo da aeromoça passar com aquele carrinho no meu pé e me sinto muito, muito sufocada.

PS: eu odeio avião!

Bem, voei, cheguei em Brasília, tudo tranquilinho. Aparentemente.

Fiz o que tinha que fazer, by the way, a melhor coisa do dia, fato!

Já estou eu, no aeroporto again, de volta p’ro Rio...

Bom, encontro-me sentada por meia hora no aeroporto de Brasília e ouço um aviso de que o vôo iria atrasar. Saco!

Começa a chover. Muito. Em Brasília! O lugar mais estranho que já visitei. Todo mundo diz que é seco de rachar o lábio e quando eu resolvo conhecer cai um temporal de deixar tudo ultra-úmido. Minha crise de rinite começou a “pôr suas manguinhas fora”, lógico.

“Atchiiiiiiiim!!!”

Ouço outro aviso. A mocinha tá informando que o avião ainda nem levantou vôo de Sampa...

Mereço?

Ih... Fome! Caramba, que fome! Lembrei que não tinha almoçado! Bom, levanto p’ra pegar um sanduíche natural daqueles que vêm prontos – eca, mas fazer o quê? – e um mate com limão diet, esse sim, uma das minhas grandes paixões.

Outro aviso. “Será que hoje era p’ra eu ter ficado em casa?!”, penso cá com meus botões.

Começo a pensar sobre mil coisas - as mais inúteis, lógico: “preciso fazer minha mão ASAP!!!”, “por onde anda aquela blusa que eu comprei, caríssima, e que só usei uma vez?!” e essas coisinhas que a gente só lembra de pensar quando não tem meeeeesmo o que fazer.

Ih, lá vem a aeromoça. Aviso, de novo. O avião realmente vai atrasar mais do que o esperado. O saguão está ficando lotado e eu, com fome ainda, comprei dois chocolates. Comi sozinha... Mais do que o meu corpo, a minha consciência tá pesando... ai, Meu Deus, em plena sexta-feira, euzinha aqui, presa neste aeroporto?! Precisava?!

Do nada, lendo aquela Vogue Especial de um trilhão de páginas pela 1387691234ª vez, a mocinha chama os passageiros do vôo 2633 para Congonhas. Penso logo que pode ser uma boa notícia: eu já tinha matado a minha fome, estava, mal ou bem, sentada - enquanto muita gente tinha ficado de pé - lendo uma revista...

Até que o meu dia estava começando a melhorar.”, penso eu, com um sorrisinho de alívio no canto da boca.

Bom, e lá vem ela, a “mocinha” da Varig. Quando penso que tudo estava caminhando para uma saída final, ela diz que a companhia aérea estava convidando os passageiros para um jantar gratuito – em um daqueles restaurantes pseudo-chiques de aeroporto internacional brasileiro - uma vez que o vôo iria atrasar mais ainda!!!

Mas, logo agora que eu havia me entupido de sanduiche e chocolate!?”, pensei.

Realmente, aquele não era o meu dia de sorte...

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