Tuesday, December 13, 2005

que tem, tem!

Acabei de ouvir um elogio e já desconfei! Que chata que eu sou, ora bolas!
Quem dera acreditar de primeira em tudo ouvimos...

“Tá linda!” soa como um calar àquelas mil perguntas “E agora?”, “Tem certeza que tá bom?”.
O “Eu te amo!” parece soar como uma frase sem propósito, sem significado implícito.

Será que ser mulher também é não acreditar de primeira em tudo que ouvimos?

Escrevo isso porque para os homens as coisas são como são e não se fala mais nisso.
Obviamente que, com o tempo e com a convivência com as mulheres (!), eles acabam aprendendo que um “Tudo bem...” pode não significar que está tudo bem mesmo, pode ser um tease p’ro início de uma DR* ou algo que o valha.
Aí entra toda aquela coisa do saber lidar com a gente, de ser carinhoso, cheio de denguinho...

A gente ouve tudo que eles falam e mais: a gente “ouve” o corpo, o olhar, o jeito de segurar na nossa mão, a respiração, enfim, a gente “ouve” todo e qualquer sinal que eles nos dão. E é aí que mora o perigo!

P’ra que tanto “Tem certeza?” ou “Ama nada!”?!?
Só p’ra ouvir mais “Eu te amo”?
Não há necessidade, nenhum homem em sã consciência não vai falar isso só por falar, só p’ra te agradar.

Duvido.

É fato que nós somos mais inseguras no quesito relacionamento do que os homens, até mesmo pela cultura machista na qual fomos educadas.
Posso até englobar gente que não se encaixa neste perfil, mas de forma geral acho que estou acertando.

Mulheres, querendo ou não, exageram na dose. Admito e peço desculpas em nome da categoria.

Pobres homens que não temem ao mudar o dia do futebol ou ao encontrar com os amigos em plena quarta-feira como se fosse o absurdo dos absurdos!

Como diria Martha Medeiros, qualquer mulher - atenta e suficiente desconfiada p’ra ter nascido mulher mesmo - pensaria: “Aí tem!”.

* DR = Discutir a Relação. Homens abominam isso, nós também, mas alguém tem que falar, não é? rsrsrs...

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