Monday, November 28, 2005

So tired of being alone…

Quero escrever uma cartinha, colocar na garrafa e atirá-la ao mar.

No texto, nada mais do que um pedido: um par, duplinha mágica, amor p’ra vida toda.

Enquanto se é de alguém, imaginamos que não deva ser tão difícil encontrar uma pessoa legal por aí, que atenda a algumas poucas especificidades, nada que eu ou você não nos encaixaríamos com perfeição.

Quando não somos de mais ninguém, acaba que percebemos que não é assim que a banda toca, que o mar não está p’ra todo esse peixe e por aí vai! - Chega de ditado popular...

Falo por mim também, mas vejo que isso é mais comum do que se imagina. A mulherada não tem mais onde procurar... ou então, procuram no lugar errado, não sei...

Sei que é assim que acontece... um amigo ou uma amiga juram que tem que te apresentar o cara dos seus sonhos, “você vai ver, vocês têm tudo a ver!” e lá vai você p’ra mais um encontro... com o quê, nem você sabe!

STOP para uma observação mais do que bááásica: quem é que merece um blind date?

Bom, chega o dia, sexta-feira, fato, afinal, quem vai perder um sábado à noite num blind que pode não dar em nada?? Melhor marcar p’ra sexta-feira mesmo...

Ela se emperequeta toda, melhor perfume, roupa nova, “Uau! Que mulher é essa?!”... O casal que propôs a aproximação é quem vai pegá-la em casa, vão para um japa – Fato! Japa é tão clássico quanto Coco Chanel, Ayrton Senna e Pelé juntos!

Chegando lá, aquela mesinha que você senta com a perna cruzada – um hor-ror! - já devidamente reservada, acontece o primeiro olhar. Que meeeedo!

“Bom, até que ele não é dos piores, se for inteligente e me fizer rir, até que passa... veremos...”

Papo vai, sakê vem, começam as gracinhas... O olhar vai ficando mais tchananan (desculpem, não encontrei nenhuma palavra p’ra colocar aqui!, o sorriso vira mordidinha no lábio, os cabelos ficam p’ra lá e p’ra cá, numa dança que nem você entende...

Pedem a conta e, obviamente, o cara vai te levar em casa. No big deal até agora.

No som, uma música estrategicamente selecionada para o momento, se duvidar rola até um CD p’ra esses momentos (rsrs...), e ele estaciona em frente à casa dela.

“Então tá, né?” – eita frasezinha boba...

Ok, não preciso descrever mais, eles se beijam e no dia seguinte... nada.

“Como nada?!?”

Nada ué. Ele não ligou e eu duvido muito que vá.

Acho que um amor “daqueles”, everlasting, não se acha num blind date default desses, duvido. Eu, pelo menos, penso assim...

Ok, ok, posso estar descrente, mas acho que não. As pessoas não vêm dando a menor chance ao amor, não dão mais créditos às outras e assim acabam deixando de lado o que poderia ser o início de uma linda história. Não entendo.

Será que o futuro das relações é esse mesmo? Desprendimento e somente um punhado de lembranças de pessoas que mal o nome a gente vai saber!?!

2 comments:

Anonymous said...

vc relatou muitas das minhas desilusões numa só historia...

Anonymous said...

Pat, vc escreve muito bem! To aki morrendo de rir... me imaginando na situação... coisa que já acontece, mas quando eu estava solteira... e quando o caberna tava... nem se fala! Coitado era cada uma que apresentavam pra ele... =) beijos