Monday, April 24, 2006

Apaixonada por uma pessoa normal.

Você olha, se interessa.

Normal.

Em pleno BB Lanches ou na querida Guanabara - clássicos dos pós-nights - no chopp de quinta-feira no BG, na praia - domingão de sol - o fato é que um cara emergiu de uma daquelas desconfortáveis cadeiras desses lugares e você – plact pluct! – se interessou.

E como é que nunca fora notá-lo antes?!

Você pode nunca ter olhado e ele pode ter estado por perto desde sempre, só que você só foi perceber que o cidadão te agrada ontem, se apaixonou.

Acontece, acontece...

Vejo isso muito de perto e, sinceramente, acho que para que as pessoas se aproximem umas das outras é preciso que se mostrem como realmente são.

Com certeza vai ter gente discordando, dizendo que não se pode dar mole porque aí é que o interesse some, que puxar papo é uma parada highly overrated, mas, poxa, vai que o dito-cujo está só esperando um sinalzinho seu p’ra colocar suas asinhas p’ra fora?!
Imagina só!
E você lá, na retaguarda, com medinhos e preconceitos.

Faça-me o favor...

Cada vez mais acredito que p’ra que nos leiam com clareza, somente devemos ser quem somos sem maquiagem pesada, sem mega produções, sem altíssimos “Manolos”, sem doses de sedução-com-gelo-e-limão, sem olhos delineados por um lápis black noir elevado à décima potência...

Sermos simplesmente aquelas que vão dormir de blusão e calcinha à la Bridget Jones, que saem com o cabelo ainda molhado, que choram baixinho, às vezes, e que comem uma caixa de Bis inteira p’ra amansar a TPM...

Qual o problema de ser que realmente se é?!

Dizer que gosta de Marisa Monte, mas que rola uma quedinha por músicas velhas da Ms. Spears, deixar fraquezas e inseguranças transparecerem, dizer que sim, já fracassou e que não vê problemas em confessar isso.

Contar que, às vezes, você não sabia o que fazer e nem como agir e que já perguntaram o que você achava e você ficou na maior dúvida!

Dizer que já choraram no seu ombro por besteira, mas que você ficou apoiando até o choro secar e que já te contaram que não entendem essa vida e que você tentou ajudar, mesmo sem entendê-la direito também.
Creio que só seja possível se apaixonar por alguém quando passamos a conhecer melhor esse alguém, quando somos normais, sem defesas, escudos ou retaguardas blindadas.

Quando passamos a perceber que o outro é um inabalável, porém dooooce, que mostra suas fraquezas sem pudor, que vive de verdade, que é de verdade.
P’ra nós, mulheres, saber que aquele cara que você tem como exemplo de homem forte e corajoso, está precisando do seu colo, da sua atenção... nossa, não tem preço!

Mas, p’ra mim, uma paixão daquelas! só acontece quando aqueeeele tal, tão querido, nos diz, com ou sem palavras, que precisa muito de nós.

Não tem como não ficar apaixonada por esse carinha tão mega-ultra-uhuuu-hot-plus, porém tão, tão normal...

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