Thursday, April 27, 2006

Running Through The Fields...

Definitivamente, a carência é o mal dos solteiros do século XXI.

A cada dia que passa, penso que a frase acima é uma das grandes certezas que tive nos últimos meses.

A CENA

Jantar com amigas lindas, lugar espetacular.
Típica noite de verão, Apple Martinis & Cosmopolitans iluminando a mesa!
Running Through The Fields, Sister Hazel, era a trilha sonora.


O DRAMA

Quando fui reparar, todas – eu escrevi “T-O-D-A-S”! – as vozes das tagarelas falavam sobre aquele velho e (DES) conhecido assunto: o amor.

Um casamento lindo, um amor distaaante, um semi-impossível desejo, o fato de não ter quem amar e não saber por onde iniciar a “saga”, uma paixão tão arrebatadora, porém completamente platônica – tristeza! – e por aí foi...

Dá p’ra imaginar que esse simples jantar virou uma terapia grupal, não dá?
Nem Freud explicaria essa correria through the fields of love... rs… que brega!

Bom, observando e ouvindo - ouvindo muito! - vi que, no fundo, muitas estão carentes por uma companhia de verdade, um parceiro p’ra toda hora, por um amor livre e sem cobranças, sem ter que pensar muito no amanhã/ no depois/ daqui há 10 anos/ nos quinze netinhos/ naquela casa de veraneio...

Percebo que não só as meninas, mas muita gente jovem que vejo por aí têm mergulhado de cabeça em relacionamentos tão vazios que, muitas vezes, são escancaradas consequências de carência.

Mas, não seríamos muito novos p’ra já nos condenarmos a esse tipo de tortura?!

Ou então, apostam suas vidas no outro ser humano, como se ele valesse todas as fichas mais altas, como se ele valesse cada gotinha da vida e acabam, no final das contas, notando que ele não era bem aquilo tuuuuuudo que vossa fértil imaginação criou.

Mas, é lógico que ele não era, façam-me o favor!

E quem, no ápice de uma crise de carência, conseguiria distinguir um cara legal de um par de pantufas?!?!
Ninguém, ora bolas...

Mas, isso não deveria ser chamado de “perda de tempo” ao invés de “amor”?!

O quanto deveríamos sacrificar em nossas personalidades e vontades genuínas em prol de uma companhia sem valor?!

Ai, ai, ai”, já diria Vanessa da Mata.

Tanta dúvida, tanta pergunta que chega a cansar!

Não, eu também não sei aonde achar um amor-que-valha-a-pena, um amor sem máscaras, obrigações, sem medo de ser livre, sem medo de mostrar medos.

Em qual corredor fica essa prateleira, Moço?! ;-)

Já achei que soubesse onde buscar esse amor, mas, pelo visto, me enganei.

É difícil ser solteiro sim, até mesmo cansativo, eu diria, mas mais difícil ainda é criar ilusões, depositar nossa felicidade em outra pessoa que não será capaz de assumir tamanha responsabilidade; mais difícil é estar com alguém, mas sentir-se só ou ter um “amor” com o prazo de validade estampado no fundinho da embalagem.

Na boa, eu cansei dessa história...

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