Sunday, April 09, 2006

em casa... pensando...

Um lindo domingo de sol e eu lendo o jornal na varanda, olhando o mar e pensando, pensando e pensando...
Acabei de ler um texto de uma das autoras que mais amo: a Martha Medeiros.
Hoje ela escreveu sobre a banalização de beijo.
Beijar por beijar, sem rolar a real química, um interesse mútuo e sincero.
Sem, necessariamente, expectativas futuras ou coisa que o valha...
Amei.
Diz ela:
"... O primeiro beijo de uma nova relação: quando será, e onde?
Quando ele vier me deixar em casa?
Dentro do cinema?
No meio de uma papo, inesperadamente?
Ah, que cruel e excitante é esta vida.

Aguardar o primeiro beijo, aquele beijo que vai atestar: sim, não era uma fantasia, ele estava mesmo a fim de mim todo este tempo, e eu, nem se fala! E se não estava, fiquei.
O beijo, uau!
O detonador de toda história de amor, ou de uma ilusão de amor, que seja.
Depois vinha o desenrolar dos acontecimentos, mas deixemos p'ra lá o depois. Não é importante.
O que nos deixava ligadinhas era a expectativa do primeiro beijo, que valia por um carimbo, um atestado, um apito do juiz: começou, tá valendo. Então, algo se iniciava.

Sou ficcionista, mas não a ponto de delirar.

Era bem assim, crianças.
"
Ai, ai, não é uma graça?
Não é tudo que queremos?
Expectativas, nervosinhos, as tais borboletas fazendo uma rave dentro de você, nossa, isso é bom demais!
Eu, pelo menos, penso exatamente assim!
De fato, devo ser então, assim como ela era, uma criança.

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