Monday, April 17, 2006

O amor da minha vida.


Durante o feriado, ri, me diverti, ouvi histórias, estive com amigas queridas e, como em todo encontro muito feminino, falamos sobre relacionamentos, amores sim, amores não, táticas da “tentativa x erro” e por aí foi.

Mas o que mais me marcou, surpreendentemente, saiu da boca de um homem e não de uma das minhas lindas!

Um homem falando sobre o “amor da minha vida”!
(O da vida dele, ok?)

Ele surtou!?
Bebeu muito?!
Usou drogas pesadas, fortíssimas!?

Não, nada disso.

Era o sentimento, simples assim.

Eu, ouvi e – admito! – não digeri bem as palavras dele, não consegui entender como é que um cara com vinte e poucos anos já pode ter isso tão bem definido dentro de si!

Como ele pode ter tanta convicção de que já encontrou a mulher de sua vida e que as demais que aparecem por aí são só diversão boba, tolos passatempos?!

Como é que a gente tem certeza de que aquela pessoa é o “amor da minha vida”!?

Eu não sei, mas arrisco duas linhas de pensamento!

A primeira é que sempre vai haver alguém p’ra superar aquele que você achava ser o amor da sua vida.
Mesmo que você tivesse certeza, mesmo que essa “pessoa-passado” tenha feito você feliz – felicíssimo! – mesmo que ela tenha estado ao seu lado no pior dos momentos, segurando toda e qualquer barra.

Já a outra teoria – e a que prefiro, confesso! – é que existe um “amor da minha vida” para cada um de nós por aí.

(Se você vai encontrá-lo nesta passagem, aí já são ouuuutros 500...)

A vida seria mais simples se todo mundo conhecesse seus amores da vida de primeira, como se todos tivessem uma chave que abrisse um determinado cadeado, era só achar o tal cadeado e, puft!, pronto, lá estava ele, o “amor da minha vida” praticamente embrulhado p’ra presente p’ra gente!

Mas, assim a vida seria simples demais, não haveria tanta história, pencas de dúvidas, delícias e dores, tanta música de amor, joguinhos de sedução, argumentações/ questionamentos aos milhares e por aí vai...

Talvez, muito resumidamente, a vida tivesse menos graça.

Sim, eu acredito que o amor da minha vida vaga por aí, com ou sem alguém, e que de nada adianta querer achá-lo num piscar de olhos, no lugar que mais me convém, no grupinho dos conhecidos de sempre, na praia, no trabalho, ali no andar debaixo.

Ou não...

Ou... ele pode estar ao meu lado todo dia, ser o meu melhor amigo, um ex-namorado ou um cara que conheci há semanas, poucos meses. Pode ser o cara que toma café da manhã no Lage todo sábado ao meu lado e que nem desconfia que meu nome é Patricia e que amo chocolate.

Ou... pode ser que a vida seja repleta de “amor da minha vida”, uma p’ra cada momento, cada fase; um p’ra cada olhar novo, um p‘ra cada período interessante.

De fato, isso é muito complexo.

Agora ficou mais fácil entender porquê eu fiquei pensando tanto no que o cara lá do início do texto disse?

2 comments:

Ali Ambrosio said...

Oi Pat,

Realmente um assunto muito complexo esse... Adorei o seu texto.

Vou confessar uma coisa - eu também já encontrei o amor da minha vida! Uma pessoa que encontrei 5 anos atrás quando a gente estudava no ibmec. Até fiquei com ele algumas vezes, mas nunca imaginei que fosse virar qualquer coisa séria...

Até chegar em Moçambique.

Numa história que vai ficar para outra hora, basta dizer que estamos juntos desde o dia que pisei em solo africano. E quando digo "juntos", é no sentido mais literal da palavra - 24 horas por dia, 7 dias por semana.

Nunca esperei que fosse ele o granda amor da minha vida, mas agora não me cabe nenhuma dúvida. Quando a gente encontra essa pessoa, a gente sabe...

Eu também sei que a vida pode dar muitas voltas por aí. Encontrar o grande amor da sua vida não necessariamente é garantia de que ficarão juntos pelo resto da vida, embora eu quero muito que seja assim!

Anonymous said...

Difícil, muito difícil fazer qualquer comentário sobre este tema.

Ainda mais se pararmos para pensar que "o amor da minha vida" tem que ser algo recíproco - você tem que achar que ele é o seu e ele achar que o dele é você!

E como a gente sabe disso? Não faço a mínima idéia! E acho que muita gente também não sabe, caso contrário não haveria tantas separações, não é mesmo?

A única certeza que tenho é que se, pelo menos eu, achasse o amor da minha vida logo de primeira, que graça teria? Só vivendo vários amores, e comparando sim!, é que sabemos quem é especial ou não.

E para falar a verdade, eu cansei de procurar o amor da minha vida! Quero mais é que ele me encontre! Rs... mas não é verdade: quando menos a gente procura, a gente acha?!

Beijos.